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Americana e região vivem situação de seca severa, diz Cemaden

Apontamento foi feito por órgão de monitoramento, que indica a necessidade de medidas preventivas contra o impacto da falta de chuva

Por Gabriel Pitor

28 de julho de 2024, às 08h25

As cidades que compõem a RPT (Região do Polo Têxtil) estão em situação de seca severa, conforme o Índice Integrado de Seca divulgado neste mês pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).

O levantamento é referente a junho deste ano e, segundo a entidade, indica a necessidade de pensar em medidas preventivas para amenizar impactos socioeconômicos e ambientais.

Em Nova Odessa, seca dos últimos meses tem causado redução do nível de água em represa – Foto: Leonardo Matos/Liberal

De acordo com o pesquisador Marcelo Zeri, especialista do centro neste monitoramento, o índice é baseado em três critérios: o acumulado de chuva em relação à média histórica, a umidade do solo na profundidade das raízes (1 metro) e a saúde da vegetação.

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Cada um desses elementos é classificado de 1 a 5, da pior seca (1, excepcional) até seca fraca (5), ou como condição normal, e então é feita uma média entre os critérios para estabelecer o índice. A seca severa é resultado de níveis mais baixos de chuva, umidade do solo e saúde da vegetação.

Todos os municípios da RPT, composta por Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia, estão em situação de seca severa.

“O impacto potencial é na safra de cultivos em andamento, adiamento de plantio, maior risco de proliferação de incêndios florestais causados por motivos naturais ou humanos, baixa umidade do ar e impacto nos reservatórios de água e níveis de rios”, apontou Zeri.

De acordo com o boletim do Cemaden, as cidades da região estão entre as 739 nas quais a seca impactou as áreas agroprodutivas. Essa situação também pode ser vista em outros municípios do País, já que a quantidade de localidades em condição de seca severa triplicou.

O centro ainda projetou que em julho a seca deve se intensificar. O apontamento vai ao encontro do baixo acumulado de chuva na Região Metropolitana de Campinas verificado pelo Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

“No geral, a gente vem experimentando uma sequência de meses com chuvas abaixo da média. Essa situação vem se agravando neste período, que já costuma ser o mais seco do ano”, afirmou Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri.

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Segundo Bruno, toda seca começa com a menor quantidade de chuvas, mas ela pode impactar também a agricultura, os corpos hídricos e aspectos socioeconômicos — quando o consumo de água das pessoas se torna maior que a disponibilidade. Em casos mais extremos, também pode afetar a distribuição de energia no Brasil, já que é produzida majoritariamente por hidrelétricas.

“Também tem alguns forçantes climáticos que podem favorecer as secas. Aqui na região, o El Niño pode influenciar com mais ondas de calor e menor quantidade de chuva”, ponderou Bruno.

Medidas

Após questionamentos do LIBERAL, as prefeituras da região apresentaram algumas ações que têm sido realizadas para amenizar as consequências da seca.

As administrações de Santa Bárbara e Hortolândia lembraram da operação “São Paulo Sem Fogo 2024”, coordenada pelas defesas civis municipais, que busca monitorar áreas com potencial de incêndio e combater incêndios.

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Hortolândia lembrou que a queima de vegetação ou de materiais descartáveis podem gerar multa de até R$ 45,3 mil, por isso são disponibilizados 13 pontos de entrega voluntária no município.

Santa Bárbara orienta a população a manter hidratação, evitar fazer exercícios das 10h às 17h e umidificar ambientes para que a seca não prejudique a saúde das pessoas.

Já Americana e Nova Odessa destacaram o uso consciente da água. Americana disse que reforçou a fiscalização para combater queimadas e preservar matas ciliares, e tem cobrado das empresas equipamentos de controle e proteção da poluição atmosférica.

Nova Odessa, por meio da Coden Ambiental, empresa responsável pelo saneamento e abastecimento, tranquilizou quanto à disponibilidade de água e ressaltou medidas para aumentar o armazenamento e combater perdas do abastecimento. Sumaré foi procurada, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

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