Adubo
Usina de compostagem de lodo é inaugurada em Nova Odessa
Estrutura tem a função de transformar todo o lodo gerado pelo tratamento de esgoto em adubo, que será usado nas praças e parques do próprio município
Por Leonardo Oliveira
07 de agosto de 2019, às 13h12 • Última atualização em 07 de agosto de 2019, às 17h52
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/nova-odessa/usina-de-compostagem-de-lodo-e-inaugurada-em-nova-odessa-1055350/
A primeira usina de compostagem de lodo da RMC (Região Metropolitana de Campinas) foi inaugurada na manhã desta quarta-feira (7), em Nova Odessa. A estrutura é capaz de transformar o lodo do esgoto em adubo, que pode ser utilizado em praças, parques, jardins e áreas de reflorestamento.
O sistema funciona em um barracão de 1.250 metros quadrados, construído na área da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo, responsável por tratar todo o esgoto gerado no município. A obra recebeu um investimento de R$ 1,8 milhões, entre recursos provenientes da cobrança pelo uso da água e contrapartida da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa), empresa que gere o serviço no município.
Antes, o resíduo gerado pelo tratamento de esgoto era despejado no aterro municipal, sufocando a capacidade do espaço e gerando uma despesa de R$ 50 mil mensais, valor que será economizado com a nova destinação do resíduo.
“Fomos atrás de recursos e conseguimos [viabilizar] o projeto. É importante para o futuro da nossa cidade e também da região, porque deixamos de descartar um produto, que se não bem tratado, acaba com o meio ambiente, e [gera] economia ao cidadão”, disse o prefeito Benjamin Bill Vieira de Souza (PSDB), ao LIBERAL.
A usina de compostagem está funcionando em período de testes desde julho, quando foi emitida pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) a licença de operação, documento necessário para a estrutura funcionar de maneira regular.
O diretor-presidente da Coden, Ricardo Ongaro, diz que o adubo orgânico resultante da compostagem pode ser comercializado, gerando receita para o município. Para isso, depende de uma certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “É dinheiro que vai voltar para o cidadão, reduzindo tarifas ou investimento em novas tecnologias ambientais, de saneamento”, ressaltou.
No site da companhia, consta a aprovação da licença para a fabricação média anual de 292 toneladas de composto orgânico. A Prefeitura de Nova Odessa promete que a ETE Quilombo, agora, será 100% sustentável.