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Prefeitura de Nova Odessa confirma terceira morte por dengue neste ano

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Prefeitura de Nova Odessa confirma terceira morte por dengue neste ano

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SAÚDE

Prefeitura de Nova Odessa confirma terceira morte por dengue neste ano

Vítima era uma mulher de 66 anos, que morreu no dia 26 de maio, mas a causa foi confirmada nesta sexta

Por Stela Pires

14 de junho de 2024, às 13h51

A Prefeitura de Nova Odessa confirmou nesta sexta-feira (14) a terceira morte por dengue no município neste ano. A vítima era uma mulher de 66 anos, moradora do Jardim Alvorada, que morreu no dia 26 de maio. 

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De acordo com a administração municipal, a mulher apresentou os primeiros sintomas no dia 17 de maio, quando procurou atendimento médico em um hospital particular em Americana. Ela faleceu em Campinas 11 dias depois. 

A confirmação da causa da morte foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz nesta quinta. 

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A primeira vítima da doença em Nova Odessa foi uma mulher de 54 anos, que faleceu no dia 10 de maio no Hospital das Clínicas da Unicamp. A segunda tinha 42 anos e era moradora do Altos do Klavin. Ela morreu em um hospital de Piracicaba no dia 15 de abril.

Ainda de acordo com a administração, mortes por dengue não aconteciam desde 2015, quando a cidade também registrou três vítimas da dengue. 

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Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Odessa registrou 3.405 casos da doença neste ano. Há ainda quatro possíveis mortes causadas pela doença aguardando os resultados dos exames laboratoriais para confirmação ou não.

Americana e a dengue, desde 1992

Sintomas e alertas

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

  • Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.
  • Dor de cabeça
  • Prostração
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Dor atrás dos olhos (retroorbital)
  • Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.
  • Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que “nada para na barriga”), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por “dor de barriga”, que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Pele pálida e fria
  • Inquietação/irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.
  • Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

  • Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma “imaturidade” do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez – situação que tende a ser mais perigosa.
  • Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos “desatualizados” favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.
  • Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.
  • Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.
  • Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades – crianças muito pequenas e idosos – têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

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