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Nova Odessa

MP denuncia secretários de Bill em caso de assessor beneficiado

Prefeito de Nova Odessa pagou despesas hospitalares de amigo de infância com dinheiro público em 2015

Por André Rossi

23 de novembro de 2019, às 10h31 • Última atualização em 23 de novembro de 2019, às 10h33

O MP (Ministério Público) de Nova Odessa ofereceu denúncia contra três funcionários da prefeitura que teriam agido junto com o prefeito Benjamin Bill Vieira de Souza (PSDB) para desviar R$ 45.178,10 dos cofres públicos e beneficiar o assessor de gabinete e amigo de infância do prefeito, Divair Moreira.

Um quarto servidor é denunciado pelo uso do documento público adulterado que foi apresentado ao MP no inquérito civil sobre o caso, que aconteceu em 2015. Dos quatro funcionários, apenas dois continuam na prefeitura e ocupam cargos de secretariado. A denúncia do MP ainda não foi aceita pela Justiça.

No início de outubro deste ano, a promotoria denunciou criminalmente o prefeito e pediu a perda do cargo, além da devolução de R$ 45.178,10. O tucano disse que a denúncia “não tem fundamento”; ele restituiu os valores voluntariamente. O processo está em tramitação.

De acordo com o procedimento investigatório criminal do dia 26 de setembro deste ano, Moreira passou por problemas de saúde e Bill custeou as despesas com dinheiro público. O caso veio a público, gerou o ajuizamento de uma ação popular do vereador Cláudio José Schooder, o Leitinho (PPS), e posteriormente um inquérito civil.

Em resposta a promotoria no dia 17 de maio de 2016, foi apresentado um documento da Secretaria de Estado de Saúde supostamente adulterado que omitia a informação de que a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) disponibilizou um leito no SUS (Sistema Único de Saúde) no mesmo dia em que houve o pedido de internação na UTI. O paciente acabou morrendo em um hospital de Americana.

De acordo com o MP, o ex-ordenador de despesas da prefeitura, Heloiso Sergio Molina Parra, autorizou a despesa como se tivesse sido em decorrência de uma ação judicial. Ele não trabalha mais na prefeitura.

Já o secretário de Governo Wagner Fausto Morais, que continua no cargo, sinalizou em documento que estava “de acordo” com a requisição de compras solicitada por Heloiso. A ex-tesoureira e atual secretária de Finanças e Planejamento, Mara Beatriz Albrecht Kilmeyers, estaria ciente das irregularidades e mesmo assim efetuou os pagamentos.

Por fim, o ex-diretor jurídico Demetrius Adalberto Gomes, foi o responsável por apresentar o documento supostamente adulterado ao MP.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que “os secretários não foram notificados”. O LIBERAL não conseguiu contato com Heloiso e Demetrius até o fechamento desta edição.

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