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POLÍCIA

Mãe sofre por não encontrar corpo do filho morto em 2022, em Nova Odessa

Pablo Feijó Ribeiro foi assassinado aos 21 anos, em um "tribunal do crime", e família ainda não pôde enterrá-lo

Por Ana Carolina Leal

23 de março de 2024, às 08h21 • Última atualização em 23 de março de 2024, às 08h22

A mãe do jovem Pablo Feijó Ribeiro, assassinado aos 21 anos em fevereiro de 2022, em Nova Odessa, lamenta por ainda não ter tido a chance de enterrar o próprio filho. O corpo nunca foi localizado.

“Peço a Deus todos os dias para que isso aconteça”, desabafou a autônoma Fabiana Feijó Ribeiro, 43, em entrevista ao LIBERAL nesta sexta-feira (22).

Ela mora no Rio de Janeiro e o filho se mudou para Nova Odessa cerca de um ano e meio antes do crime, para ficar mais próximo da família da namorada, segundo Fabiana.

Pablo Feijó Ribeiro tinha 21 anos quando foi morto – Foto: Divulgação

Conforme denúncia do MP (Ministério Público), Pablo foi morto porque pertencia ao CV (Comando Vermelho) carioca e teria sido descoberto por rivais do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em fevereiro de 2022, ele teria sido pego em Americana e levado para um cativeiro, que aparentava ser uma chácara. 

A Polícia Civil teve acesso a algumas fotos, que foram anexadas ao processo. As imagens mostram a vítima já com os pés e mãos amarrados, perto de vários homens, que estariam participando do “julgamento.”

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Entre os indivíduos no local estava Dante Miguel Gimenes Zocchio, preso em dezembro do ano passado, acusado de participar do “tribunal do crime” e de ter ajudado a matar e esconder o corpo de Pablo.

O mandado de prisão foi expedido pela juíza da 2ª Vara Criminal de Nova Odessa, Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman.

Ela considerou que há no inquérito policial elementos que mostram a necessidade da prisão, tendo em vista a alta periculosidade do indivíduo e os indícios de sua participação direta no “julgamento”, execução e ocultação do cadáver.

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SEQUESTRO

A mãe da vítima só descobriu o ocorrido porque um colega do filho confessou que estava na companhia de Pablo, quando foram sequestrados por desconhecidos. 

Ambos foram levados para um cativeiro, mas ele foi libertado no dia seguinte, enquanto Pablo continuou preso.

“No dia em que ele sumiu, 9 de fevereiro de 2022, começou minha jornada. Fui para São Paulo e um suposto colega dele falou que meu filho tinha sido sequestrado. Contou uma história que fiquei desconfiada e denunciei o desaparecimento dele para a polícia”, recorda.

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Por meio de investigações, a Polícia Civil chegou até o nome de Dante. Outros suspeitos de participação no crime são procurados.

Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) informou que o caso foi investigado por meio de inquérito policial na delegacia em Nova Odessa e relatado à Justiça.

“A equipe da unidade segue empenhada em diligências, visando a obtenção de informações que auxiliem na localização do corpo da vítima”, trouxe a nota.

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