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CRIME BÁRBARO

Padrasto que matou enteada de 5 anos vai a júri em Hortolândia

Acusado está preso por homicídio, além de estupro e por ter ocultado cadáver da menina Maria Clara

Por Cristiani Azanha

06 de maio de 2023, às 09h43

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) manteve a decisão do juiz André Forato Anhê, da 1ª Vara Criminal de Hortolândia, e o padrasto de Maria Clara deverá ir à júri popular. A data ainda não foi definida. Cassio Martins Camilo está preso e responde pelo homicídio da enteada, que na época tinha 5 anos, além de estupro e ocultação de cadáver. O crime foi cometido em dezembro de 2020 e causou grande repercussão.

Corpo de Maria Clara foi enrolado em uma cortina de plástico e dentro de uma caixa de papelão – Foto: Reprodução

O julgamento ainda não havia sido marcado porque a defesa do réu entrou com recurso no TJ pedindo a decretação do segredo de Justiça, além de solicitar a sessão plenária com portas fechadas. Outro pedido é pela despronúncia com relação aos crimes de estupro de vulnerável e homicídio, sustentando ausência de prova de materialidade da primeira infração e morte acidental.

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O relator, desembargador Vico Mañas, negou o recurso e considerou como incabível o julgamento com portas fechadas.

O advogado Antonio Gonzales, contratado pela família como assistente da acusação, antecipou que vai sustentar o pedido da condenação pelo homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estupro.

“A família espera a condenação nos exatos termos da denúncia, e embora a criança não volte seria um mínimo a aliviar o sofrimento da família”, destacou.

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De acordo com o MP (Ministério Público), a mãe de Maria Clara, que era companheira de Cassio, saiu para trabalhar no dia do crime e ele teria de cuidar da criança. O homem tentou molestá-la sexualmente, mas como a menina gritou foi agredida e depois molestada. Maria Clara morreu asfixiada e seu corpo foi colocado em uma caixa de papelão, que Cassio escondeu em um terreno.

O corpo da menina foi visto por uma mulher no dia seguinte em um terreno na Rua Irmã Nazária Rita de Fillipi, no bairro São Felipe, região do Vila Real, em Hortolândia, e próxima da casa da família.

Dias depois, o acusado foi preso pela Polícia Civil, na casa de um conhecido em Campinas. Ele disse que Maria Clara se feriu e faleceu após uma queda. Cassio escondeu o corpo por medo de ser responsabilizado. Ele já tem antecedente por estupro.

Enquanto prestava depoimento, várias pessoas conhecidas da vítima ameaçaram invadir a delegacia e pneus foram queimados em protesto. A defesa do réu não foi localizada para falar sobre o assunto.

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