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POLÍCIA

Operação Caixa Preta tem três presos em Hortolândia

Eles seriam intermediários de um homicídio ocorrido em outubro do ano passado, em Pernambuco

Por Rodrigo Alonso

06 de agosto de 2020, às 17h43 • Última atualização em 06 de agosto de 2020, às 20h05

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu três pessoas em Hortolândia durante a operação Caixa Preta, deflagrada nesta quinta-feira (6). Eles seriam intermediários de um homicídio ocorrido em outubro do ano passado, em Paulista, no Grande Recife.

O principal responsável pelo crime teria sido um piloto de avião preso em Campinas – Foto: Luciano Claudino – Código19 – Agência Estado

A participação de cada um deles, no entanto, não foi detalhada pela polícia, que também omitiu os nomes. Houve outras três prisões no Estado de São Paulo, em Campinas, Indaiatuba e Castilho, respectivamente.

O grupo detido em São Paulo encomendou o assassinato da comissária de bordo Dinorah Cristina Barbosa da Silva, de 35 anos, pelo valor de R$ 17 mil, segundo a polícia. Todos eles residem no Estado. Os executores foram presos em Pernambuco, nas cidades de Olinda e Paulista.

O principal responsável pelo crime teria sido um piloto de avião preso em Campinas, que teve um relacionamento amoroso com a vítima. A polícia suspeita que o acusado quis matá-la porque ela se recusava a fazer um aborto, mas as apurações continuam.

De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Larissa Melo, num primeiro momento, a motivação do homicídio era um total mistério para a polícia, uma vez que Dinorah não tinha nenhum envolvimento com criminalidade.

“Foi um crime que intrigou muito a investigação, porque a gente não conseguia entender o motivo disso”, disse, em entrevista coletiva concedida por videoconferência.

A comissária estava amamentando sua filha de 8 meses quando os criminosos entraram em sua residência. Eles pegaram a bebê, entregaram para a mãe de Dinorah e atiraram duas vezes contra a vítima.

TENTATIVA
Larissa apontou que a comissária já havia sofrido uma tentativa de homicídio em julho de 2019. Naquela ocasião, um homem efetuou disparos de fora da casa dela, mas não conseguiu acertá-la.

Os bandidos orquestraram o crime por oito meses. Pessoas detidas em São Paulo teriam ido até Pernambuco para contratar executores. Alguns presos também estavam envolvidos com outros delitos, o que inclui tráfico de drogas, roubo de carga, porte ilegal de arma e estelionato.

Ao todo, a Polícia Civil de Pernambuco, com apoio da Polícia Civil de São Paulo, cumpriu 11 mandados de prisão e sete de busca e apreensão na operação Caixa Preta – o título tem relação com a profissão da vítima.

Os agentes apreenderam dois celulares, um pendrive e um tablet. Quarenta policiais participaram da ação, que começou na madrugada.

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