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JUSTIÇA

Acusado de matar enteada não participará presencialmente de júri em Hortolândia

Dispensa foi pedida pela defesa, que busca evitar reação como a que ocorreu após prisão

Por Cristiani Azanha

06 de maio de 2024, às 09h06 • Última atualização em 06 de maio de 2024, às 09h09

A menina Maria Clara - Foto: Reprodução

A 1ª Vara Criminal de Hortolândia dispensou o homem acusado de matar a enteada de 5 anos de participar presencialmente do júri popular do caso, marcado para o dia 16 de maio, às 11h, no fórum do município.

Cássio Martins Camilo, de 30 anos, poderá acompanhar seu julgamento por videoconferência. Ele é acusado dos crimes de estupro, homicídio e ocultação de cadáver da menina Maria Clara Calixto Nascimento. O crime ocorreu em dezembro de 2020, na casa da família, no bairro Vila Real, e causou comoção popular.

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A decisão tomada pela Justiça se deu após um pedido da própria defesa de Cássio, que está preso na Penitenciária de Sorocaba. O advogado que representa o acusado se baseou em um artigo do Código de Processo Penal que trata sobre o comparecimento dos réus no próprio julgamento.

A medida adotada pela defesa e acatada pela Justiça busca evitar situações semelhantes como a que ocorreu quando Cássio foi preso pela polícia e era interrogado na delegacia da cidade, um dia depois da localização do corpo de Maria Clara. Na época, populares ameaçaram invadir a delegacia e pneus foram queimados em protesto.

Populares atearam fogo em pneus em frente à delegacia na sexta-feira – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Apesar de previsto na legislação, o uso do artigo é raro nos júris populares. A decisão do juiz do caso, André Forato Anhê, buscou resguardar a segurança do réu e a “harmonia dos trabalhos” do júri. Cássio poderá participar por meio de videoconferência.

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O LIBERAL entrou em contato com o advogado que representa o acusado, mas ele não respondeu até o fechamento desta reportagem. Já a família de Maria Clara diz esperar que a Justiça seja feita, segundo o advogado Antonio Gonzales, que atua como assistente de acusação junto ao Ministério Público. “A mãe sempre repete que não vive, mas sobrevive após a perda da filha”, afirmou.

Crime bárbaro

A morte de Maria Clara chocou a região e mobilizou autoridades de segurança em dezembro de 2020. O corpo da menina foi encontrado em um terreno baldio, com sinais de estrangulamento e violência sexual.

Cerca de 100 pessoas, entre familiares e amigos, estiveram presentes ao enterro – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Segundo a acusação do Ministério Público, no dia do crime, 17 de dezembro, o padrasto estava sozinho com a criança quando tentou molestá-la. Ela, no entanto, gritou.

A vítima foi agredida e asfixiada. O corpo da menina foi colocado em um terreno e acabou localizada por uma moradora. O homem foi preso pela polícia no dia seguinte, na casa de parentes, em Campinas.

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