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Campinas

Campinas confirma circulação de variante mais contagiosa na cidade

Variante de Manaus apresenta mutações que tornam o coronavírus mais contagioso e também mais resistente a anticorpos.

Por Milton Paes

31 de março de 2021, às 18h24 • Última atualização em 31 de março de 2021, às 18h27

A prefeitura de Campinas confirmou na tarde desta quarta-feira (31) a circulação da variante brasileira, conhecida como P1, do novo coronavírus (Covid-19), na cidade. Segundo estudos, essa variante apresenta mutações que tornam o coronavírus mais contagioso e também mais resistente a anticorpos.

Segundo a prefeitura, quatro pacientes foram atendidos pelo Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e por outros serviços da cidade infectados e todos estão curados.

São dois homens e duas mulheres de três regiões de Campinas e com idades entre 28 e 69 anos. A P1 foi isolada nos pacientes pelo Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes do Instituto de Biologia da Unicamp.

Um homem, de 55 anos, morador na região norte de Campinas, apresentou os primeiros sintomas da Covid-19 em 25 de janeiro. Outro homem, de 69 anos, da região sul, teve os sintomas iniciais em 27 de janeiro; uma mulher de 34 anos, da região leste, apresentou sintomas em 31 de janeiro e outra mulher, de 28 anos, da região norte, teve os sintomas em 10 de fevereiro.

“A confirmação de que a variante, identificada pela primeira vez no início de janeiro, em Manaus, está circulando em Campinas mostra a necessidade de a população aumentar os cuidados sanitários”, disse a diretora do departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea Von Zuben.

“É uma variante mais transmissível e por isso os cuidados da população, como isolamento, uso de máscara, lavagem das mãos e distanciamento devem ser mais rigorosos”, completou.

A suspeita de que a variante estivesse em circulação em Campinas surgiu em meados de fevereiro, em função do aumento de novos casos da doença e de internações. Por conta disso, a prefeitura pediu apoio da Unicamp para realizar o sequenciamento genético que busca a identificação da circulação da nova cepa do coronavírus na cidade.

O primeiro caso de P1 em Campinas foi confirmado em fevereiro, em uma mulher de 78 anos, que chegou à cidade em 14 de janeiro, num voo direto de Manaus. Ela desembarcou já com os sintomas da Covid-19 e foi levada para uma unidade de saúde e depois internada em hospital da rede privada, onde permaneceu até 25 de janeiro. Os passageiros que estavam próximos a ela no voo, assim como suas duas filhas, foram monitorados.

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