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Finanças

Você está endividado ou inadimplente? Entenda as diferenças

Embora ambas as condições envolvam obrigações financeiras, as consequências de cada um podem variar; descubra como

Por Ana Carolina Leal

14 de abril de 2024, às 09h31

Embora pareçam semelhantes, estar endividado é diferente de estar inadimplente. E é sobre isso que vamos falar nesta reportagem, mostrar que os conceitos são distintos e podem ter um impacto significativo na vida financeira das pessoas.

De acordo com Marcos Dias, professor de Economia na Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo) de Americana, estar endividado significa que uma pessoa possui dívidas a serem pagas, e essas dívidas estão sendo pagas em dia, conforme acordado. Por outro lado, ser inadimplente indica que a pessoa não está cumprindo com suas obrigações financeiras, ou seja, está com pagamentos em atraso ou deixando de pagar suas dívidas.

Deixar de honrar os compromissos financeiros pode resultar em consequências negativas, como restrições de crédito, juros mais altos e dificuldade em obter novos empréstimos.

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Existem sinais claros que uma pessoa está endividada, mas ainda não está inadimplente. Entre eles estão a dificuldade em pagar as contas em dia, uso frequente de cartão de crédito para cobrir despesas básicas e solicitação recorrente de empréstimos bancários para cobrir dívidas.

Marcos Dias, professor de Economia na Fatec de Americana – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

“Esses sinais são acompanhados de uma redução no padrão de vida sem ter sido provocado por uma redução na renda, e podem indicar que a pessoa está em uma situação de endividamento preocupante e precisa tomar medidas para reorganizar suas finanças, evitar a inadimplência e recuperar o controle sobre sua situação financeira”, afirma.

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Para se tornar inadimplente, vários fatores podem estar em jogo, incluindo desemprego, redução na renda, falta de planejamento financeiro, excesso de dívidas e descontrole nos gastos.

“Enquanto o desemprego e a redução na renda podem ser situações fora do controle da pessoa, os outros fatores, como falta de planejamento financeiro, excesso de dívidas e descontrole nos gastos, podem ser gerenciados com a adoção de hábitos financeiros saudáveis, como orçamento, controle de gastos e priorização do pagamento das dívidas”, explica Dias.

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Implicações

Uma pessoa endividada tem dívidas a pagar, mas está gerenciando essas obrigações de forma responsável e dentro dos prazos acordados. No entanto, essa situação pode acarretar juros e custos adicionais, dependendo da natureza e dos termos do débito.

Por outro lado, a inadimplência ocorre quando os pagamentos não são realizados conforme o acordado, levando a consequências mais graves, como a restrição de crédito, inclusão do nome em órgãos de proteção ao crédito como Serasa e SPC, e até mesmo ações judiciais.

Para pessoas endividadas que desejam evitar a inadimplência, o professor de Economia na Fatec sugere a criação de um plano de pagamento com organização das dívidas por valor, taxa de juros e prazo para quitar.

Dias também sugere redução de gastos desnecessários, identificação e corte de despesas não essenciais que podem liberar recursos financeiros para o pagamento das dívidas; busca por renda extra por meio de trabalho temporário ou freelancers e negociação de prazos; taxas de juros e possíveis descontos com os credores.

“Essas medidas podem ajudar uma pessoa endividada a evitar a inadimplência e recuperar sua saúde financeira. É importante também buscar orientação financeira profissional, se necessário, para desenvolver um plano adequado às suas necessidades e possibilidades”.

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