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TRÂNSITO

Transporte por aplicativo fica de fora de plano de mobilidade em Americana

Prefeitura justificou que falta regulamentação e informou que vai incluir nas diretrizes a necessidade de estudo

Por Rodrigo Alonso

16 de abril de 2023, às 08h20 • Última atualização em 16 de abril de 2023, às 08h30

Administração afirmou que o serviço não está regulamentado no município - Foto: Marcelo Rocha / Liberal

As diretrizes para o Plano de Mobilidade Urbana de Americana, apresentadas pela prefeitura na última quarta-feira, não incluem metas e políticas específicas para o transporte por aplicativo, apesar de tratar-se de uma categoria já consolidada na cidade.

Na apresentação, a justificativa dada pelo Executivo foi de que o serviço não está regulamentado no município e que não há legislação específica, inclusive na esfera federal, para esse tipo de transporte.

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Questionada pelo LIBERAL sobre o assunto, a administração informou nesta sexta que, “por ser objeto de indicação de munícipes, será incluída nas diretrizes a curto prazo a necessidade de estudo para regulamentação desse tipo de transporte.”

Nas diretrizes, pelo menos por enquanto, não existem metas estabelecidas nem para serviços de carona, que são prestados por empresas como Uber e 99, nem para delivery, que é o caso de apps como o iFood.

Diretrizes do plano também não possuem metas para serviços de delivery – Foto: Marcelo Rocha / Liberal

A situação chamou a atenção do vereador Lucas Leoncine (PSDB), que questionou sobre o assunto após a apresentação de quarta.

“A gente procurou algumas coisas e não conseguimos nada. Não tem nada nem a nível nacional para a gente se basear. Foi por isso que a gente não colocou nada. A gente ainda está fazendo pesquisa para ver se encontra alguma alternativa”, respondeu a socióloga Maria Aparecida Feliciano Martins, servidora da prefeitura.

Necessidade
Morador de Americana, o engenheiro civil João Batista Biagioni, especialista em trânsito, destacou a necessidade de políticas voltadas para essa categoria, que, segundo ele, “veio para ficar”.

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“Tem de ter a regulamentação, sem dúvida. A prefeitura vai ter de dar uma atenção maior, voltar a pensar”, afirmou.

Ele ressaltou que o transporte por aplicativo trouxe impactos para o tráfego urbano. “Houve um acréscimo de pessoas usando profissionalmente o veículo”, comentou.

Biagioni também citou o desrespeito às leis de trânsito por parte de uma parcela dos motoboys. “O que você vê hoje de gente pilotando moto e não respeitando a legislação é coisa brutal. Em todo semáforo, você vê motoqueiro passando no sinal vermelho, toda hora”, disse.

Para ele, uma alternativa seria fomentar ações educacionais. “É algo complexo, mas que tem de ser discutido, tem de se pôr na mesa para conversar”.

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