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CIÊNCIA

Professora de Americana participará de formação em física de partículas na Suíça, em setembro

Rachel Deboni Papa foi selecionada entre 20 professores de todo o Brasil e embarca nesta semana para a Europa

Por Lucas Ardito*

25 de agosto de 2024, às 08h08

A professora de física e ciências Rachel Deboni Papa, moradora de Americana, foi selecionada para participar da edição deste ano da Escola de Física CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), em Genebra, na Suíça.

A docente de 33 anos foi selecionada em meio a um grupo de 20 professores de todo o Brasil e embarca nesta terça-feira (27) para a Europa, enquanto o evento acontece entre os dias 1º e 6 de setembro.

Professora Raquel Deboni Papa
Raquel Deboni Papa, professora de ciências – Foto: Leonardo Matos / Liberal

O CERN foi fundado em 1954 e é responsável pela operação do acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider), considerado o mais potente do planeta e responsável por descobertas relevantes para o mundo da física.

Além disso, a organização é reconhecida pelas pesquisas em física de altas energias e por ter um centro científico de alto padrão.

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A expedição que Rachel irá participar é realizada pela Escola de Professores no CERN em Língua Portuguesa. Rachel conta que conheceu o curso de formação enquanto ainda era estudante, mas que as inspirações para se inscrever no programa foram dois companheiros de mestrado, que conseguiram a aprovação.

A inscrição foi feita no início deste ano, em um processo seletivo para professores de física do ensino básico que conta com algumas exigências.

Um dos objetivos do CERN é que a formação feita na Suíça seja utilizada pelos professores após o período do curso. Atualmente, Rachel dá aulas no NEI (Núcleo de Educação Integrada), da Fundação Romi, em Santa Bárbara d’Oeste.

Complexo de acelerador de partículas do CERN – Foto: CERN/Divulgação

“Desde que comecei a dar aulas eu sempre incentivei e encabecei algumas olimpíadas como a OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia) e a ONC (Olimpíada Nacional de Ciências). Então isso foi um dos pontos que me garantiram”, disse a professora.

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“A cereja do bolo seria escrever um projeto do que eu faria depois que voltasse. Eu dei como sugestão alguns minicursos que faria na escola que estou e esmiucei o projeto”, completou Rachel.

Formação em Portugal

Antes do CERN, a professora fará uma parada em Lisboa, Portugal, para participar de outra formação, no LIP (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas), com um grupo de professores portugueses. A formação será de quinta-feira (29) a sábado (31). Depois, irá para a Suíça.

“Em Genebra, vamos ficar no próprio CERN, que tem um hotel para os pesquisadores. É uma imersão total, porque tem dias que a programação é manhã, tarde e noite. São palestras, tem grupo de discussão, de experimentação, passeios por dentro do complexo”, finalizou.

Brasil no Cern

O CERN é composto por países membros que contribuem com os custos de estrutura e operações. Em março deste ano, o Brasil foi confirmado como Estado Membro Associado da organização, tornando-se o primeiro país das Américas a se associar.

Além disso, há acordo de cooperação do LHC com o acelerador de partículas Sirius, que funciona no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas.

*Estagiário sob supervisão de Rodrigo Alonso

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