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Americana

Preço do arroz alcança os R$ 26 em Americana

Indicador aponta marca de R$ 104,17 no valor da saca de 50 kg do produto tipo 1 nesta semana, aumento de mais de 100% quando comparado ao preço do início do ano

Por Heitor Carvalho

10 de setembro de 2020, às 10h12 • Última atualização em 10 de setembro de 2020, às 10h20

O alto preço cobrado pelo arroz nos supermercados do País tem deixado a maioria dos consumidores apreensiva. Nas principais redes de Americana, o valor de um pacote de 5 kg pode variar entre R$ 16 e R$ 26, dependendo da marca.

Segundo dados do indicador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), feito em conjunto pela Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP e pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) do Rio Grande do Sul, uma saca de 50 kg do arroz tipo 1 atingiu a marca de R$ 104,17 nesta semana, aumento de mais de 100% quando comparado com o valor registrado no início deste ano.

Dona de restaurante, Maria Luiza Fornel reclama da disparada do arroz – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Entre os principais motivos apontados como culpados por esse aumento está a alta do dólar, que elevou as exportações do produto para outros países e causou o maior preço do cereal no mercado interno brasileiro.
A consumidora Ana Paula Dalexandre, 57 anos, disse estar assustada com o aumento que percebeu no preço do produto nos últimos 15 dias. “Foi uma surpresa. Foi de repente. Não houve uma escalada”, disse.

“Faz parte do nosso prato do dia a dia. Então o impacto aos mais necessitados é muito grande, já que é um item de primeira necessidade e que faz parte da cesta básica. É base da nossa alimentação, da nossa cultura. E não adianta fazer pesquisa, porque o aumento foi generalizado”, lamenta.

Maria Luiza Fornel, proprietária de um restaurante em Santa Bárbara d’Oeste, afirmou que o aumento dos preços está causando um grande impacto na renda da sua empresa e que percebe uma alta, pelo menos, desde abril.

“Estamos vivendo momentos muito difíceis, aliás, em 19 anos trabalhando nesse ramo, acredito ser o período mais difícil. Tivemos uma queda de mais de 50% no faturamento e as contas continuam as mesmas. Diante disso, esse aumento [do arroz] torna as coisas mais complicadas, pois não repassamos no valor final de nossa refeição, apesar de eu achar que isso será inevitável em algum momento”, contou nesta quarta-feira.

De acordo com informações da Agência Estado, o Ministério da Economia confirmou nesta quarta-feira que decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para 400 mil toneladas de arroz em casca até 31 de dezembro deste ano, em uma tentativa de diminuir os preços no mercado interno.

Notificação
O Ministério da Justiça também notificou empresas e associações ligadas à produção, distribuição e venda de alimentos da cesta básica para questionar a alta nos preços dos produtos para “coibir aumentos arbitrários”. Todos terão cinco dias para responder aos questionamentos.

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