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35ª Festa do Peão

O show da fé na arena americanense

Festa é palco de demonstrações de espiritualidade e de fé, que foram motores para o nascimento do evento

Por Luciano Assis

08 de junho de 2023, às 10h09 • Última atualização em 08 de junho de 2023, às 10h12

Uns gostam mais das provas em touro e cavalos, enquanto outros preferem os shows dos artistas do mundo sertanejo e outros gêneros. Existem ainda os que só esperam os portões da arena se abrirem para se divertir com os amigos e outros que enxergam nos dias de evento uma chance de trabalho e lucro.

Mas há algo que une a todos: a religiosidade. Ela parece permear todos os recantos e cerimônias do evento que começa no próximo dia 9 de junho e se estende por seis noites de shows, montarias e entretenimento.

Entrada da santa na arena da festa do Peão em 2022 – Foto: Marcelo Rocha / Liberal

A explicação para esse fenômeno é simples: essas demonstrações de fé estavam presentes desde antes de o evento se concretizar pela primeira vez, no já longínquo ano de 1987, como explica Beto Lahr, presidente do CCA (Clube dos Cavaleiros de Americana).

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“Nosso contato com o mundo dos rodeios surgiu com nossas idas para Pirapora a cavalo, por volta de 1972. Foi nessas viagens anuais, para pagar promessas, que se conheceram muitas das pessoas que depois ajudariam a festa ter início em Americana”, relatou Lahr.

Ele confessa que neste início nem existia conversa sobre rodeios. “A gente combinava de ir para outros rodeios, mas não em fazer o nosso. O importante naquele momento era ir para Pirapora pagar pela graça alcançada”. E quando a festa nasceu, ainda modesta em comparação aos dias atuais, lá estavam as imagens de Nossa Senhora e as bênçãos de padres da região.

Padre Manoá Xavier com a imagem de Nossa Senhora Aparecida em mãos – Foto: Marcelo Rocha / Liberal

Atualmente existe todo um cerimonial de fé que já faz parte do evento, que começa com a abertura da arena seguida de uma benção e a entrada da imagem de Nossa Senhora Aparecida, passando pela oração dos peões e as falas emocionadas da equipe realizadora.

“É uma festa grandiosa, mas que se permite parar nestes momentos de espiritualidade”, resume o padre Manoá Xavier, que há quatro anos faz a benção de abertura do evento. Já chamado de “o padre da festa”, o pároco da Igreja Nossa Senhora Desatadora dos Nós, da Praia Azul, conta que o convite para essa função surgiu da própria diretoria do CCA.

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“Eles, com muita generosidade, nos emprestavam o recinto para nossos eventos da paróquia ao longo do ano. Um dia disse ao Beto Lahr que eu não teria como agradecer por tanta ajuda. Aí ele brincou: ‘tem um jeito, sim. Vem dar uma benção na abertura do evento’”, relatou o religioso, que aceitou o convite de bom grado.

E ao longo desses quatro anos, ele acumulou histórias das mais variadas. “Naquele momento antes do início de tudo, muitos peões se aproximam e pedem uma palavra de fé, contam uma história envolvendo um desafio superado pela religiosidade. Eu sempre me emociono e me alegro”, informou o padre.

Além de exercer sua função religiosa, ele ainda confessa que também se diverte no evento através da parte musical. “Quando tem shows que eu gosto, sempre fico para ver”, declarou o religioso, que é um fã declarado da dupla Chitãozinho & Xororó.

NOVIDADE
Neste ano, a cerimônia de abertura vai ter uma grande novidade. Uma réplica fax símile da imagem de Nossa Senhora Aparecida do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida estará em Americana, acompanhando um ato de consagração que será feito na arena, no dia da abertura do evento.

“Essa vai ter a grande novidade deste ano. Conseguimos, junto ao Santuário de Aparecida, esse presente ao povo de Americana”, finalizou padre Manoá.

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