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Americana

Novo presidente do Sinditec quer ouvir demandas de empresas têxteis locais

Empresário Leonardo José de Sant’Ana prega proximidade com indústrias para levar pleitos aos governos estadual e federal

Por Marina Zanaki

09 de fevereiro de 2020, às 09h05

Foto: Divulgação - Sinditec.JPG
Novo presidente do sindicato das indústrias têxteis em Americana e região foi eleito em novembro, mas tomou posse no mês passado

A prioridade do novo presidente do Sinditec, sindicato das indústrias têxteis de Americana e região, Leonardo José de Sant’Ana, é realizar uma escuta junto às empresas têxteis da região. As principais demandas serão pleiteadas junto ao governo estadual e federal.

“Queremos trazer as indústrias para dentro. A prioridade hoje é isso, ter essa aproximação com indústrias, saber as demandas, e trazer financiamento para maquinário, indústria 4.0”, destacou o presidente, que assumiu o posto no mês passado.

O Sinditec também vai retomar a oferta de cursos ainda esse ano. “Por uma questão de mercado, as empresas estavam tão desesperadas por sobrevivência que capacitação dos funcionários não era prioridade. Quando começa a trabalhar desenvolvimento tecnológico, aumento de produtividade, você precisa de capacitação”, comentou, em entrevista ao LIBERAL.

Leonardo Sant’Ana faz parte da diretoria do Sinditec há 22 anos e foi eleito para assumir a presidência da entidade em novembro.

Ele observa que no ano passado as expectativas da indústria não foram correspondidas com um aquecimento da economia. O empresário acredita que o desempenho da região tenha ficado próximo dos números nacionais – crescimento de 0,1% na indústria têxtil e de 0,6% na de confecção.

Apesar dos resultados, Leonardo observa um movimento positivo nos últimos meses do ano, com retomada dos investimentos pelos empresários e aumento na confiança do consumidor. Por isso, ele está otimista com o desempenho do setor em 2020 e projeta um crescimento de até 2,5%.

O presidente do Sinditêxtil aponta uma percepção de que tanto governo estadual quanto federal estão dispostos a adotarem medidas para desenvolvimento das indústrias. Como exemplo, ele citou a criação do Polo de Desenvolvimento Têxtil pelo governador João Doria em maio do ano passado, e as discussões em torno da Reforma Tributária.

Foto: João Carlos Nascimento - O Liberal.JPG
Funcionário manuseia tecido na empresa Saltorelli; enquanto setor de tinturaria teve queda, produção de jeans cresceu 20%

INVESTIMENTOS. O empresário Pedro Saltorelli, da Tinturaria Saltorelli, localizada na Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304), em Americana, atua em duas áreas no setor têxtil, e conta que viveu duas realidades distintas no ano passado.

A empresa, que presta serviços para diversas indústrias do setor, como moda, camisaria, bermudas e uniformes, amargou uma queda de 30% no faturamento.

Já a Saltorelli Jeanswear, que atua na produção de denin, teve crescimento na casa dos 20% no ano passado. A empresa também contratou 60 funcionários em 2019.

“Cresceu investindo em maquinário, tecnologia. Temos o mais moderno em produção de denin, linha de teares toda nova. O crescimento não foi para o mercado, mas por investimento em novas tecnologias. É uma ilha no que está acontecendo no mercado. O normal foi o que aconteceu com a tinturaria, 2019 foi um ano difícil”, analisou o empresário.

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