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Nossa Senhora: uma mãe de milagres

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Nossa Senhora: uma mãe de milagres

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FESTA DA PADROEIRA

Nossa Senhora: uma mãe de milagres

Santa, considerada a padroeira do Brasil, é vista como sinal de união, paz e amparo por devotos em Americana

Por Gabriel Pitor

06 de outubro de 2023, às 10h52 • Última atualização em 06 de outubro de 2023, às 11h43

Rosangela, Maria Eduarda e Odair, devotos de Nossa Senhora Aparecida - Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, em outubro de 1717, jogaram suas redes no Rio Paraíba do Sul, na cidade de Guaratinguetá, e pediram a intercessão de Virgem Maria para que pudessem conseguir muitos peixes. A intenção era receber com pompa o conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos.

Mas, ao recolherem as redes, recuperaram duas partes da imagem da Virgem Maria. Com a imagem da “Virgem Aparecida”, depois rebatizada para Nossa Senhora Aparecida, os pescadores encheram a embarcação de peixes. Essa é a primeira história de intercessão da atual padroeira do Brasil, a quem muitos brasileiros católicos recorrem.

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“A devoção à Nossa Senhora Aparecida está no sangue do povo brasileiro. É uma devoção que encarna muito bem as necessidades e as realidades do nosso País. Em todas as dores e todas as dificuldades, o povo recorre com bastante devoção à Virgem Maria. É uma questão muito materna, muito visceral”, comentou o padre Johnny Artur dos Santos.

“A imagem é de origem portuguesa, mas ela é mestiça, tal como é o povo brasileiro. Não falo isso como forma de depreciação, e sim, como forma de atentar para acabar com todas as formas de racismo. Ela é um sinal de união e de paz”, completou.

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Diariamente, pessoas vão à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Antônio Zanaga, onde o padre Johnny é pároco, para pedir milagres, intercessões e acolhimento. É o caso da família de Rosangela Rodrigues Bomfim, de 49 anos, que passou por momentos complicados na gravidez da filha Maria Eduarda, hoje com 15.

Com dois meses de gestação, Rosangela teve sangramentos e precisou tomar medicamentos até o quinto mês. Porém, no sexto mês, ela teve sinais que indicavam um parto prematuro. Foi aí que a mãe de Rosangela pediu para que Nossa Senhora Aparecida abençoasse a gravidez e permitisse que Maria Eduarda nascesse sem riscos, o que aconteceu.

Leia mais sobre a Festa da Padroeira, no Zanaga

“Nasceu perfeita, com saúde, sem problemas, ficou um dia só a mais no hospital. A gente já tinha escolhido nome dela antes de nascer. Já seria Maria Eduarda mesmo. Mas depois disso tudo, o nome dela ganhou muito mais força. Ela é Maria porque ela é de Nossa Senhora e foi abençoada”, contou Rosangela.

Atualmente, Rosangela coordena o movimento “Mãe Rainha” na paróquia e carrega consigo um lema. “Pede para a mãe que o filho atende. É isso que eu sempre digo. Para chegar até Jesus a gente tem Nossa Senhora”, disse.

O mantra de Rosangela é o mesmo que padre Johnny usa para apresentar Nossa Senhora Aparecida aos fiéis. Segundo ele, “sob o manto azul [de Nossa Senhora], ninguém se desespera” e há uma missão dentro da paróquia de ensinar o poder e a importância da Virgem Maria para os católicos.

“A busca maior é pela evangelização. Aqui temos uma preocupação muito grande de ensinar as pessoas. Quando nós buscamos as pessoas, não somente tentamos trazer elas para a comunidade, mas sim, tentamos formá-las para que elas possam crescer na fé e na devoção”, afirmou o pároco.

Ainda segundo o padre Johnny, a cada ano aumenta a quantidade de devotos à Nossa Senhora Aparecida e que participam da paróquia no Zanaga. A festa da padroeira tem sido a principal celebração desse crescimento, com participação de cerca de 4 mil pessoas no mês destinado ao evento.

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