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Americana

Mulher do PCC é suspeita de roubo no Terras do Imperador; dois são presos

Luma Rovagnollo está foragida após ação criminosa em Americana; ela usou documento falso para alugar casa

Por João Colosalle e Cristiani Azanha

10 de agosto de 2022, às 07h54 • Última atualização em 10 de agosto de 2022, às 08h24

Uma mulher de 33 anos é apontada pela Polícia Civil como mandante do roubo a casa de um empresário no condomínio Terras do Imperador, em Americana. Luma Valério Rovagnollo já foi condenada por transportar um fuzil e por pertencer à facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Ela é considerada foragida.

Segundo a polícia, Luma, conhecida como Penélope, atuou como “piloto de fuga” – Foto: Divulgação

No crime, que ocorreu no dia 30 de julho, os bandidos levaram joias e itens de luxo, como um relógio avaliado em R$ 150 mil.

Nesta terça-feira, agentes da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana prenderam dois homens suspeitos de participação no roubo, que teriam atuado rendendo a mulher do empresário.

Eles são pai e filho, de 50 e 36 anos, respectivamente, e moradores do Jardim Terramérica, em Americana. Com eles, foram apreendidos pouco mais de R$ 20 mil.

O delegado da DIG, Lúcio Antonio Petrocelli, afirma que os dois tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça pelo período de 30 dias.
“Eles foram identificados durante o inquérito policial e foram reconhecidos como autores do roubo. O próximo passo será pedir a quebra do sigilo telefônico para apurar a participação no crime”, afirmou o delegado.

O advogado Dinael de Souza Machado Junior, que representa os dois presos, afirmou “categoricamente” que seus clientes são inocentes e que “todo mal entendido será esclarecido em breve”.

MANDANTE. Conhecida como Penélope ou Bela, Luma, segundo a polícia, atuou como “piloto de fuga” no roubo no condomínio. Para o crime, ela alugou a casa vizinha da vítima duas semanas antes usando um documento falso. Durante a ação criminosa, no entanto, ela foi reconhecida pelas vítimas.

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A mulher já era procurada por outros crimes. Em novembro de 2020, Luma foi alvo da Operação Kleptos, do Gaeco de Ribeirão Preto para investigar a atuação de membros do PCC na região e nas eleições municipais.

Investigações com apoio de interceptações telefônicas apontaram Luma como parte da alta hierarquia da facção. Durante uma ligação interceptada, Luma discute a realização de um “tabuleiro”, ou seja, um julgamento próprio da facção contra membros que cometem erros, e que por vezes termina em agressões ou mortes.

Em maio deste ano, a 3ª Vara Criminal de Ribeirão condenou Luma a 7 anos de prisão por integrar organização criminosa. Desde então, já havia um mandado de prisão preventiva contra ela.

Há três anos, Luma também foi presa na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, transportando um fuzil calibre 762, quatro pistolas, carregadores e 1.240 munições de calibres diversos.

Em outubro de 2019, quando estava em prisão domiciliar, ela foi condenada a 8 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. A sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça, após julgamento em setembro do ano passado, assim como a prisão domiciliar.

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