Americana
Maioria dos recursos na Área Azul é por erro ao digitar a placa
Secretário adjunto de Obras e Autoridade de Trânsito diz que, se a prefeitura constata que a placa incorreta foi realmente inserida, a multa é anulada
Por George Aravanis
25 de outubro de 2019, às 08h30
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A maioria dos recursos contra multas na Área Azul de Americana é apresentada por pessoas que digitaram a placa errada ao fazer o pagamento. A informação é do secretário adjunto de Obras e Autoridade de Trânsito do município, Eraldo Camargo, que participou da sessão da câmara desta quinta-feira para falar sobre o estacionamento rotativo.
Camargo diz que, se a prefeitura constata que a placa incorreta foi realmente inserida, a multa é anulada. Ele não soube informar o número de recursos apresentados nem qual o percentual deles refere-se a chapas digitadas incorretamente. O problema acontece, principalmente, quando as pessoas fazem o pagamento pelo aplicativo, já que no celular é mais fácil errar uma tecla, afirma o secretário.
De acordo com a autoridade de Trânsito, se ao apresentar o recurso o motorista tiver o comprovante, isso agiliza a análise da prefeitura. Porém, mesmo que a pessoa não tenha o recibo e saiba, por exemplo, em que horário estacionou, é possível fazer uma busca no sistema eletrônico e constatar o engano, achando um crédito relacionado àquele motorista. “Fica tudo registrado”, afirmou o secretário adjunto.
Só nos primeiros dez dias de aplicação de multas, 2.244 infrações foram flagradas pelas fiscais da Estapar, empresa que administra o estacionamento rotativo, e se tornaram multas emitidas pela prefeitura, que aplica as penalidades com base nas informações da concessionária.
PREÇO. Eraldo Camargo foi questionado por vereadores ontem por causa do preço para estacionar em Americana (R$ 2,50), mais alto que em cidades próximas que contam com Área Azul. Alguns parlamentares relacionaram isso à terceirização do sistema, mas o valor de R$ 2,50 já era praticado antes da concessão do estacionamento à iniciativa privada.
O que aconteceu, segundo Eraldo já disse algumas vezes, é que quando a prefeitura administrava o sistema, havia poucas pessoas para fiscalizar, o que tornava a Área Azul um faz de conta.