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Americana

Justiça mantém prisão de estudante que esfaqueou colega de classe

Defesa do preso pediu internação clínica, alegando que ele possui epilepsia grave e patologias mentais; juiz recusou o pedido e o encaminhou ao CDP

Por Leonardo Oliveira

20 de fevereiro de 2020, às 18h17 • Última atualização em 20 de fevereiro de 2020, às 19h36

Foto: Arquivo / O Liberal
Juiz determinou que o estudante fosse preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Americana, em local distinto dos demais encarcerados

A Justiça manteve a prisão do estudante de 36 anos que esfaqueou um companheiro de sala na Escola Estadual Heitor Penteado, em Americana, na noite desta quarta-feira (19). A defesa do homem alegou que ele possui crises de epilepsia grave e pediu que a prisão se tornasse uma internação clínica, o que foi recusado pelo juiz.

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O estudante foi preso em flagrante após ser contido por um dos professores da unidade escolar e passou por audiência de custódia na tarde desta quinta. A decisão foi pela conversão do flagrante em preventiva (quando não há prazo para a prisão se encerrar).

As informações foram divulgadas ao LIBERAL, em nota, pelo escritório Marchi Campos Advocacia, responsável pela defesa do estudante. Os advogados relataram em audiência que o cliente faz uso de medicamentos contínuos e que faz acompanhamento com médicos da Unicamp (Universidade de Campinas) por conta de graves crises de epilepsia.

Essas crises, dizem os advogados André Marchi Campos e Diego Alves da Silva, acarretam em patologias mentais (transtorno de ansiedade e fobia social). O homem teria passado por uma cirurgia recentemente. Para comprovar a condição, apresentaram documentos médicos à Justiça e pediram a concessão da liberdade provisória ao rapaz.

Propuseram como alternativa que ele fosse internado em clínica. O juiz, no entanto, recusou a concessão da liberdade e determinou que o estudante fosse preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Americana, em local distinto dos demais encarcerados.

A Justiça determinou ainda uma perícia para comprovar a condição mental do preso. Se confirmadas as patologias, o pedido de liberdade será revisto posteriormente – não há prazo para isso ocorrer.

“A defesa, embora respeite a decisão do magistrado, não concorda com a manutenção da custódia cautelar do réu, em razão da ausência dos requisitos da prisão preventiva e da inexistência de local adequado dentro do sistema penitenciário bandeirante, tornando impossível sua manutenção no CPD de Americana, mormente considerando sua patologia, sua primariedade, residência fixa, dentre outros fatores que conjugados, permitem sua liberdade mediante suas restrições”.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

A trajetória do impasse em torno da lei municipal de incentivo ao esporte em Americana é o assunto desta edição do Além da Capa. Ouça:

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