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OPERAÇÃO SEQUAZ

‘Foi assustador para mim e para minha família’, diz Moro sobre plano de ataques

Operação da PF que prendeu seis pessoas na em Santa Bárbara, Sumaré e Hortolândia investiga ameaças de morte ao senador e ex-juiz da Operação Lava Jato

Por João Colosalle

22 de março de 2023, às 14h28 • Última atualização em 22 de março de 2023, às 14h52

O senador e ex-juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro - Foto: Marcos Corrêa / PR

O senador, ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil-PR) disse, nesta quarta-feira (22), que foi “assustador” lidar com as ameaças do PCC (Primeiro Comando da Capital) que planejava sua morte. O plano foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que prendeu seis pessoas na RPT (Região do Polo Têxtil).

“Foi assustador para mim e para minha família. Um preço infelizmente alto para se pagar pelo combate ao crime organizado não só como juiz, mas como ministro da Justiça”, disse Moro em entrevista ao programa Estudio i, da GloboNews.

Nesta quarta, uma operação da PF prendeu ao menos nove pessoas investigadas por planejarem o sequestro e a morte de autoridades públicas, em retaliação a medidas de combate ao crime organizado tomadas nos últimos anos, como a transferência de presos.

Moro teria sido monitorado pelos criminosos e era um dos principais alvos, além do promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público em Presidente Prudente, uma das principais autoridades no combate ao PCC no País.

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Ainda conforme a entrevista à GloboNews, o senador afirmou que foi avisado da ameaça no final de janeiro e recebeu apoio e segurança da polícia legislativa e das polícias militares de São Paulo e Paraná.

O ex-juiz da Operação Lava Jato afirmou defender a tipificação de crimes que envolvem o planejamento de atentados do tipo e diz que pretende apresentar uma legislação mais dura no Senado.

“A legislação hoje não criminaliza o planejamento. É um absurdo a PF descobrir que uma facção está planejando matar uma autoridade pública e ela ter que esperar o crime começar para ela poder reagir. Nós vamos suprir a lacuna com a apresentação desse projeto”, afirmou.

Operação

A maior parte das prisões realizadas pela PF nesta quarta-feira ocorreu em cidades da RPT. Segundo informações da corporação, foram três alvos presos em Sumaré, dois em Santa Bárbara d’Oeste e um em Hortolândia. Não foram detalhados, por exemplo, quem eram os alvos nem o endereço em que foram presos.

Presos na operação contra ataques a autoridades foram levados à delegacia da PF em Campinas – Foto: Denny Cesare/Código 19/Estadão Conteúdo

Além disso, também havia mandados de busca e apreensão para serem cumpridos em Americana e Nova Odessa. Foram apreendidos grande quantidade de dinheiro, cujo valor não foi informado, e carros de luxo.

Denominada Operação Sequaz, a ação da PF teve como objetivo desarticular a organização criminosa em pelo menos cinco estados brasileiros – Rondônia, Paraná, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, além de São Paulo.

“Os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontravam nos estados de São Paulo e Paraná”, informou a PF.

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