O fim das restrições de horários por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a liberação para os estabelecimentos funcionarem com 100% da capacidade a partir desta terça-feira animaram os comerciantes de Americana. Eventos sociais, museus e feiras corporativas também estão liberados de acordo com anúncio feito pelo Governo de São Paulo para o que eles consideram como “Retomada Segura”.

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Presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana), Wagner Armbruster, disse que a diminuição nas restrições, além de permitir que os estabelecimentos fiquem abertos por mais tempo, transmite ao consumidor uma sensação maior de segurança, considerando a queda no número de casos, óbitos e de internações. Uma coisa puxa a outra, afirmou.

Além disso, destacou Wagner, com as atividades voltando à normalidade, consequentemente haverá maior geração de empregos, aumentando o poder de compra do consumidor e deixando o comércio mais otimista para os próximos meses.

Proprietário de uma loja de joias e relógios e vice-presidente da associação, Germano Pavan Neto, disse que a retomada tem uma influência muito grande em todos os meios econômicos – indústria, comércio e serviço. “O fim das restrições é visto como um ânimo, um sentimento bom, de que ainda temos muito para fazer. Veio para somar com tudo o que a gente está buscando”.

O empresário Mário Zanini avalia como positivo a liberação dos horários e o funcionamento dos estabelecimentos com 100% da capacidade. Segundo ele, muitas pessoas, a maioria idosas, devem voltar a visitar às lojas, frequentar o comércio. “Acredito que vai melhorar o mercado, além de ser bom também para o psicológico”.

Ele acredita que a retomada vai impactar na venda dos Dia das Crianças, em 12 de outubro, próxima data comemorativa. “Muitas avós querem vir com o neto para escolher o presente. Ainda tem muitos que fazem isso. Por isso, prevemos um acréscimo de no mínimo 6% a 10% nas vendas”.

Um dos diretores do Sincomércio e também comerciante, Evandro Barizon, afirmou que a expectativa com o fim das restrições é fantástica. De acordo com ele, o aumento nas vendas é sentido desde abril. “Aqueles que felizmente conseguiram manter seus empregos, consomem normalmente. Acredito que com a liberação dos horários, o consumidor voltará a ter onde ir e isso pode fazer com que ele queira renovar o guarda-roupa. Estamos otimistas”, afirmou.

Para o economista e diretor da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), Laerte Martins, a flexibilização das restrições praticadas para conter o avanço da Covid-19 implica em uma possibilidade de retorno da economia aos níveis da pré-pandemia (2019). No entanto, para que não haja retrocesso,  continua a ser fundamental o resguardo do uso de máscaras, do álcool em gel e da manutenção do distanciamento mínimo de um metro entre as pessoas.