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Saúde

Em Americana, casos de dengue aumentam quase quatro vezes em relação a 2021

Número de casos da doença passou de 68, no primeiro trimestre do ano passado, para 263 no mesmo período de 2022

Por Ana Carolina Leal

01 de abril de 2022, às 18h20 • Última atualização em 01 de abril de 2022, às 18h31

Americana registrou, nos três primeiros meses deste ano, 263 casos de dengue. O número é quase quatro vezes mais do que a quantidade notificada no mesmo período de 2021, quando 68 pessoas contraíram a doença. As informações foram compiladas pela Secretaria Municipal de Saúde a pedido do LIBERAL.

No ano passado, foram confirmados oito casos em janeiro, 22 em  fevereiro e 38 em março. Neste ano, foram seis, 58 e 199 (até 30 de março), respectivamente, o que indica que 2022 caminha para ser pior do que o ano anterior, quando foram registradas 283 ocorrências da doença.

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Segundo Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a queda no ano passado, em parte, pode estar relacionada com a pandemia da Covid-19, talvez por uma exposição menor das pessoas, que ficaram em casa.

No entanto, de acordo com a especialista, a dengue tem um ciclo de a cada quatro anos mais ou menos aumentar o número de casos. “Essa alta já era esperada e para 2023 é previsto um ano bem pesado, com muitos casos”, afirmou.

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De acordo com o coordenador da Vigilância Ambiental de Americana, Antônio Jorge da Silva Gomes, não há uma única condição para explicar a sazonalidade da doença. Segundo ele, o atual cenário pode sim estar associado ao fato de ter havido menor circulação de pessoas, durante os anos de 2020 e 2021, em razão da pandemia.

Além disso, afirmou, muitas pessoas podem ter contraído a dengue nos últimos dois anos, porém, apenas foi mantida suspeita para Covid-19, considerando a alta demanda de casos no período. Enquanto outras pessoas também podem não ter buscado o serviço de saúde ao apresentar sintomas leves, por receio de contrair o coronavírus.

Apesar da piora em relação ao ano passado, 2022 ainda está longe de anos ruins como 2014 e 2015, que registraram, respectivamente, 9.035 e 7.388 casos da doença. Em 2019, foram 4.590 notificações. De lá para cá, houve uma redução na quantidade de confirmações, com 671 no ano de 2020 e 283 em 2021.

No Estado de São Paulo, a transmissão de dengue foi detectada em 1987. Em 1999, ocorreram epidemias em diversas regiões do território paulista. A importância em saúde pública, atribuída ao vírus da doença, deve-se particularmente às suas formas graves, especialmente a hemorrágica.

Recomendações
Para reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, o Ministério da Saúde aconselha a população a manter ações de prevenção, como verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa. Outra recomendação é lavar semanalmente, com água e sabão, recipientes como vasilhas de água do animal de estimação e vasos de plantas.

Não deixar que se formem pilhas de lixo ou entulho em locais abertos, como quintais, praças e terrenos baldios é outro ponto importante. Outro hábito que pode fazer diferença é a limpeza regular as calhas, com a devida remoção de folhas que podem se acumular durante o inverno.

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