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Americana

CPFL dá início a ação que vai rebaixar em 2 metros nível da represa de Salto Grande

Deplecionamento permite a retirada de sedimentos para combater proliferação de macrófitas

Por André Rossi

23 de setembro de 2020, às 07h50 • Última atualização em 23 de setembro de 2020, às 11h24

A CPFL Renováveis iniciou nesta terça-feira (22) o deplecionamento da Represa Salto Grande, em Americana. O processo consiste em rebaixar o nível de água do reservatório em dois metros para combater a proliferação de macrófitas, plantas aquáticas como os aguapés, no espelho d’água.

 Procedimento fará com que as plantas aquáticas fiquem expostas ao ar e radiação – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal

A concessionária recebeu autorização da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétria) para reduzir o volume da represa por um período de 15 dias consecutivos. A ação será concluída no dia 10 de outubro.

Além de limpar os sedimentos que estão acumulados na represa, o procedimento fará com que as plantas aquáticas fiquem expostas ao ar e a irradiação solar. Sem contato com a água, ocorre a desidratação natural das macrófitas, o que reduzirá a ocupação na represa.  

Depois disso, o nível do reservatório será recuperado de forma gradativa em até 60 dias. O prazo pode variar de acordo com a vazão do Rio Atibaia. É a primeira vez que a represa Salto Grande será submetida a tal procedimento.

Segundo o gerente de Meio Ambiente da CPFL Renováveis, Daniel Daibert, todo o procedimento será monitorado diariamente por técnicos da companhia. Ele reforça a recomendação para que não sejam utilizadas embarcações na represa, pois há risco de acidentes com “antigas estruturas submersas”.

“Esta é uma grande oportunidade para a represa de Salto Grande e para o município de Americana, pois por meio de uma técnica moderna e totalmente sustentável conseguiremos proporcionar o aumento da conscientização e da importância da preservação ambiental dos cursos d’água”, afirmou Daniel.

A concessionária ressalta que a solução definitiva envolve a correção das “deficiências” do saneamento na bacia do Rio Atibaia e do tratamento de esgoto lançados no curso d’agua que abastecem o reservatório.

O secretário de Meio Ambiente de Americana, Roberto Sablewsky Galvão, destacou a importância do deplecionamento para combater as macrófitas.

“Elas [macrófitas] ficam suspensas e se alimentando dos dejetos. Quando você tira isso delas, elas secam. Para voltar a formar novamente, levaria muito tempo, mas a nível de futuro, se você não tratar o esgoto, com o passar do tempo elas vão voltar”, comentou Roberto.

Em março, o LIBERAL mostrou que a área ocupada pelos aguapés era de 76 hectares, cerca de 7,5% do espaço. A reportagem questionou a CPFL nessa terça-feira sobre o número atualizado, mas a assessoria de imprensa disse que não tinha a informação.

A retirada do material da represa será realizada de forma conjunta entre a prefeitura e a CPFL.  

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