Eugene Daniel Fireball Gentsch Jr, de 58 anos, é um norte-americano de New Jersey, mas que no Brasil ficou conhecido apenas como Gene Fireball, o “Motoqueiro Maluco”, uma lenda viva do motocross internacional, que faz sucesso com suas apresentações inacreditáveis feitas em rodeios de todo Brasil.

Praticamente parado há dois anos por conta da pandemia, ele costuma brincar que é um cowboy vagabundo, porém, está muito longe disto. Além de ser o destemido motoqueiro do fogo, cantor e piloto de kart (inclusive recordista internacional) a cada 10 palavras ditas por ele, pelo menos cinco levam o nome de Deus.

“Tudo que conquistei na vida foi por glória de Deus e tudo que aprendi sobre ele foi aqui no Brasil, por isso dou tando valor a esse País”, comenta.

Prestes a se aposentar das arenas (ele jura que esse ano fará sua última apresentação na Festa do Peão de Americana), ele decidiu se dedicar ao maior e talvez mais desafiador projeto de sua vida: o Gene Fireball Kart Terapia, uma iniciativa cujo objetivo é possibilitar que crianças com síndrome de Down, autismo, câncer e algumas deficiências físicas possam utilizar o kart como terapia, inclusão e, claro, uma boa dose de diversão e aventura, afinal, como ele mesmo diz: “Sou louco, não burro”.

Contando com patrocínio e apoio de uma série de empresas e empresários da região, o projeto tem um alto custo e mesmo já estando bem encaminhado ainda precisa de mais ajuda para de fato conseguir ser realizado como Gene idealizou, considerando que apesar de ter sede em Campinas, a iniciativa deve atender outras regiões, inclusive estados.

“Deus falou comigo e me pediu para fazer um trabalho com crianças especiais. Isso me tocou muito. Por isso, ele tem me orientado”, comenta ele animado.

Sobre o Projeto. Basicamente, a ideia de Gene é promover algumas vezes na semana o que ele definiu como “Kart Terapia Gene Fireball”. Além da melhora cognitiva, ele afirma que andar de kart ajudará as crianças a desenvolverem melhor a coordenação motora e a independência. Além disso, ele ressalta o quanto a atividade poderá melhorar o emocional e a autoestima dos participantes. “As crianças vão poder sentir a emoção que eu sinto e isso será muito bom. Quero dar um pouco dessa felicidade a elas”, comemora.

Para isso, serão utilizados 14 karts, sendo alguns adaptados para que um condutor auxilie, outros projetados para as crianças que conseguirão conduzir sozinhas e um terceiro para crianças cadeirantes. “Esse último, será o primeiro do mundo”, explica Gene, que faz questão de ressaltar a importância do trabalho do engenheiro mecânico GeanCarlos, que está auxiliando nessas questões técnicas e faz parte da equipe Gene Fireball.

Segundo Gene, a segurança das crianças está garantida. Para isso, todos usarão roupas especiais, capacetes, cintos de segurança e muito mais.

Além disso, a velocidade dos karts também será controlada e não passará dos 10km por hora. lançamento. Outra promessa do nosso motoqueiro maluco é promover ainda em 2022 a primeira corrida de kart com crianças com Down do mundo. “Vai ter criança com Down correndo e vai ter outras olhando. Aquelas que olham vão pensar: o que eu preciso mudar dentro de mim para poder fazer isso também? Isso é representatividade”, acrescenta.

Nessa terça-feira (15), entre 14h e 17,h acontecerá no Kartódromo Internacional Nova Odessa o lançamento oficial do projeto com a presença de alunos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Nova Odessa e alguns convidados especiais. Quem quiser acompanhar, o evento será aberto ao público.

El Matador: coragem, fé e muita ousadia

Gene chegou ao Brasil há quase três décadas para fazer parte da equipe de motocross da Hollywood e apesar de ter ido embora algumas vezes, certa vez decidiu fincar raízes em terras tupiniquins.

A primeira vez que pisou em Americana foi acompanhando um amigo que fazia negócios na cidade, contudo, o município faz parte de sua história desde o início de sua trajetória artística, pois foi aqui que ele conheceu Alvinho (in memorian), que posteriormente viria a ser seu empresário e a pessoa que o ajudou a construir a primeira rampa para saltar em rodeios. Depois, veio o desafio do homem contra o cavalo e assim sua carreira foi deslanchando.

Gene conta que ao longo de sua vida já sofreu diversos acidentes. “Tenho 128 fraturas pelo corpo e entre placas, pinos e parafusos, somo 54. Quase um Robocop”, brinca ele, que apesar de tudo isso, diz não sentir muitas dores e glorifica a Deus. “Quando as coisas dão certo glória a Deus. Quando não dão, glória a Deus também”, conclui.

Patrocinadores
Taunsa, Trevilub, Rodabrill, Cometa Multimarcas, Água Platina, Bieffe, Chapéu Pralana e All boy.

Apoiadores
Colorado Tintas, Regional Gases, Duboy, Sun Machine, Neguinho Adesivos, GP Store, Igreja Manjedoura de Cristo e, claro, a esposa Letícia Toledo que dá todo apoio e ajuda e o presidente da Festa do Peão de Americana, Beto Lahr.