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EDUCAÇÃO

Com obra travada no Estado, creche do Boer sofre com vandalismo e deterioração, em Americana

Atrasada há mais de quatro anos, construção depende de contratação de nova empresa pelo governo estadual; vizinhos estão preocupados

Por Gabriel Pitor

14 de abril de 2024, às 08h05 • Última atualização em 14 de abril de 2024, às 08h17

Abandonado, local está com pichações - Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Com a obra travada desde maio de 2021, quando o Governo de São Paulo rescindiu contrato com a empresa responsável pela construção, a Creche Escola do Jardim Boer 1, em Americana, tem sofrido com vandalismo e deterioração de sua estrutura.

Ao LIBERAL, a Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) informou que neste ano foram feitas vistorias no local com o objetivo de realizar uma revisão orçamentária. Posteriormente, será aberta uma nova licitação para contratar a empresa que dará sequência ao projeto.

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Ainda de acordo com a pasta, em resposta à reportagem em setembro de 2022, 69,65% da obra está concluída. Entretanto, essa porcentagem pode ser alterada quando for retomada a edificação, o que vai ao encontro do que o LIBERAL encontrou em visita ao prédio nesta semana.

As paredes da creche possuem marcas de umidade e rachaduras. Já algumas estruturas, como telhas, janelas, pias e azulejos, estão quebradas. O local ainda tem sinais claros de vandalismo, uma vez que várias paredes estão pichadas. Há muito lixo e até mesmo fezes nos cômodos, bem como garrafas de vidro destruídas — com os cacos espalhados pelo chão.

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A porta de entrada para a caixa d’água também está danificada. Algumas toras de madeira, que seriam utilizadas na construção, estão úmidas e entulhadas em uma parte do terreno — o que pode colaborar para o aparecimento de animais peçonhentos.

Os banheiros e o local de descanso dos trabalhadores da obra também estão abandonados e, devido às paredes serem de madeira, sujeitos a incêndios.

Por fim, a reportagem ainda encontrou, nos fundos da área, um buraco semelhante a uma cisterna destampada com grande quantidade de água parada, podendo ser foco do mosquito da dengue (Aedes aegypti).

Os vereadores Pastor Miguel Pires (PRD) e Thiago Martins (PL) também realizaram, no mês passado, um trabalho de fiscalização no local e vão fazer uma nova moção de apelo ao Estado para que a creche seja concluída. De acordo com Miguel, a situação do prédio “é preocupante”.

Os pais de alunos da Escola Estadual Professora Leny Apparecida Pagotto Boer, que fica ao lado da creche, também têm demonstrado preocupação com o abandono da obra. Segundo Flaviane Feltrim Maia, de 31 anos, que administra um grupo no WhatsApp de moradores do Jardim Boer 1, várias reclamações foram feitas quanto ao mato alto.

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“Esse abandono traz perigo para a população e para a escola ao lado, principalmente à noite. Há medo de animais peçonhentos, como escorpiões e aranhas, e também que pessoas passem a morar ali, porque depois seria complicado tirar”, disse Flaviane.

Iniciada em 2018, a obra já acumula um atraso de quatro anos e cinco meses. Após a rescisão do contrato com a empresa então responsável, em 2021, o Estado chegou a abrir uma nova licitação, mas não houve interessados.

A retomada tem custo estimado em R$ 2,4 milhões, conforme edital da última tentativa de licitação. Quando abrir as portas, a creche atendará 130 crianças de 0 a 6 anos de idade, na Rua Glória. Haverá sete salas de aula, dois berçários, fraldário, lactário, solarium, sanitários e refeitório.

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