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Americana

Chico sinaliza que não pagará subsídio no transporte público

Prefeito se recusa a assinar contrato com passagem a R$ 5,40 e diz que, neste momento, cidade não pode utilizar recursos públicos

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04 de fevereiro de 2021, às 07h23 • Última atualização em 04 de fevereiro de 2021, às 07h24

O prefeito de Americana, Chico Sardelli (PV), sinalizou nesta quarta-feira (3) que não pretende conceder subsídio para tentar reduzir o valor da passagem de ônibus oferecida pela Sancetur.

A empresa venceu a licitação na terça-feira (2), mas o chefe do Executivo disse que não vai assinar contrato com a tarifa de R$ 5,40.

Atuando na cidade como Sou Americana por meio de contratos emergências desde novembro de 2018, a empresa foi a única interessada em assumir o serviço. A documentação técnica foi aprovada pela Comissão Permanente de Licitações.

O edital da concorrência de menor preço, relançado no final do ano passado, estipulava como teto para a passagem o valor de R$ 5,65. Ou seja, vencia a proposta mais em conta. O valor da Sancetur foi R$ 5,40, abaixo do limite.

Caso a prefeitura assinasse o contrato, o aumento na tarifa seria de 14,9% em relação ao valor atual, de R$ 4,70, e não de 18,9%, como publicou o LIBERAL na edição virtual desta quarta-feira.

Horas depois da abertura do envelope com a proposta, na terça, a prefeitura divulgou nota dizendo que o prefeito se recusava a aceitar o valor ofertado. Já nesta quarta-feira, Chico voltou a falar sobre o assunto por meio de stories em suas redes sociais.

“Em cidades da região onde o valor da passagem é menor, as prefeituras subsidiam o transporte público, ou seja, repassam recursos para a empresa. Americana não pode neste momento utilizar recursos públicos para subsidiar o transporte urbano, por isso quero conversar com a empresa responsável”, traz a publicação do prefeito.

A aposta de Chico é dialogar com a empresa para “chegarmos a um equilíbrio”. O LIBERAL questionou a prefeitura se já havia data para o encontro. Porém, foi informado apenas que “tratativas serão feitas” e divulgas no momento oportuno.

Empresário e proprietário da Sancetur, Marco Chedid disse para a reportagem que não ainda foi procurado. Ele também desconhecia a posição de Chico sobre não assinar pelo valor ofertado.

Nosso contrato emergencial termina agora também. Vou aguardar a manifestação da Comissão de Licitação, da prefeitura. Eu estou em compasso de espera”, resumiu Chedid.  

Contexto

A licitação vencida pela Sancetur traz no edital a opção da prefeitura pagar subsídio para a empresa que assumir o serviço.

No entanto, a lei municipal que permitia ajuda financeira às empresas de ônibus foi revogada pelo ex-prefeito Omar Najar (MDB) em 2019. A gestão anterior mantinha a possibilidade no edital para alguma necessidade futura, mas sempre negou ter intenção de subsidiar o transporte.

Mais recentemente, em agosto do ano passado, a Sancetur chegou a se queixar ao MP da falta de aporte financeiro por parte da prefeitura durante a pandemia. A empresa está no quinto contrato emergencial, que termina em março.

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