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Meio Ambiente

Cetesb aponta 23 áreas com água subterrânea ou solo contaminado na região

Documento divulgado pela companhia tem informações atualizadas em tempo real; geólogo afirma que riscos à saúde depende de cada caso

Por Ana Carolina Leal

19 de setembro de 2022, às 07h28 • Última atualização em 19 de setembro de 2022, às 07h52

A RPT (Região do Polo Têxtil) tem 23 áreas com risco confirmado de contaminação do solo ou da água subterrânea. O número consta em relação divulgada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). O documento tem informações atualizadas em tempo real, substituindo a publicação até então feita uma vez ao ano.

Pelo relatório, as cinco cidades da RPT têm, juntas, 117 áreas contaminadas ou reabilitadas. O total inclui as 23 áreas com risco de contaminação confirmada, 28 que estão sob investigação, 18 em processo de remediação, uma em vias de ser reutilizada, 25 em processo de encerramento para monitoramento e 22 reabilitadas.

Os principais grupos de contaminantes encontrados nas áreas cadastradas refletem a influência da atividade da revenda de combustíveis, destacando-se solventes aromáticos e combustíveis automotivos. Em seguida destacam-se os metais e solventes halogenados (aqueles que em sua estrutura contém átomos de cloro, flúor, bromo e iodo).

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Sobre o risco dessa contaminação para a população, o geólogo Flávio Henrique Remédio explica que depende muito de cada caso. “Se descobrir que a água está contaminada, isso pode ser um problema para quem está bebendo essa água, mas se há certeza absoluta que ninguém está bebendo, então existe contaminação, mas não existe risco à saúde”.

Segundo o geólogo, depois que a contaminação é mapeada, parte-se para a etapa final que é a avaliação de risco à saúde humana. Em Americana, as áreas contaminadas e reabilitadas ficam nas avenidas São Jerônimo, Paulista, Joaquim Boer e Bandeirantes e na Rua Dom Pedro.

Para reverter a situação dessas áreas contaminadas, o geólogo afirma que existem várias maneiras de contenção e o método a ser adotado depende também de cada caso.

“Em algumas situações, por exemplo, é possível ficar bombeado a água contaminada por um sistema de tratamento até melhorar. Em outras, dá para injetar um produto químico no solo que anula o contaminante. Existem também bactérias que são inseridas no solo e consomem essa contaminação”, cita como exemplos.

O especialista acrescenta, ainda, que em algumas áreas nem é preciso remediar. Se for uma contaminação leve e o vazamento for contido, o solo vai, ao longo do tempo, recuperando suas características naturais, então basta monitorar”, explica.

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