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Americana

Acusado de matar o próprio pai por causa de drogas pega 29 anos de prisão

Jaison confessou o assassinato, alegando que tinha uma dívida com traficantes

Por Leonardo Oliveira

09 de dezembro de 2020, às 15h36 • Última atualização em 09 de dezembro de 2020, às 18h01

Crime aconteceu na Rua Agenor Faion, na Vila Bertini, em abril deste ano - Foto: João Carlos Nascimento / LIBERAL

O ajudante geral Jaison Leandro de Jesus, de 33 anos, acusado de matar o próprio pai porque queria dinheiro para comprar drogas, foi condenado pela Justiça de Americana a 29 anos e dois meses de prisão. O crime aconteceu em abril deste ano, na Vila Bertini.

Segundo a denúncia do MP (Ministério Público), o acusado morava junto com pai, o aposentado Elias Leandro de Jesus, de 63 anos, e já tinha subtraído bens dele outras vezes para comprar entorpecentes. Na noite do dia 9 de abril, Elias negou dar dinheiro ao filho, dando início a uma discussão.

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Jaison então pegou uma faca e atingiu o pescoço de seu pai, que morreu no local, consta ainda na denúncia. O acusado deixou a casa com o celular e dois cartões bancários do aposentado – depois, sacou R$ 1 mil da conta de Elias.

Na época, o LIBERAL apurou junto a policiais militares que atenderam a ocorrência que Jaison se hospedou em um hotel de Americana após matar o pai. No dia seguinte ao crime, ele foi localizado em uma rua da Praia Azul e foi detido.

Ouvido durante a fase processual, Jaison confessou o assassinato, alegando que tinha uma dívida com traficantes e que foi ameaçado. Disse ainda que foi pedir dinheiro para o seu pai para quitá-la e, depois de uma discussão, acabou o acertando com dois golpes de faca.

Ainda confessou ter levado os cartões e o celular da vítima, além de ter sacado o dinheiro. Ressaltou, porém, que não tinha a intenção de matar o seu pai e que estava arrependido. Ele foi denunciado pelo MP por latrocínio, quando há roubo seguido de morte.

A defesa de Jaison defendeu no processo que não havia provas concretas, já que ninguém presenciou o crime. Também argumentou que só a confissão espontânea não justificava a condenação. A defesa ainda alegou que o ajudante agiu em legítima defesa, que não tinha intenção de matar Elias e que foi um trágico acontecimento no calor de uma discussão e que, por isso, seria uma ação culposa (quando não existe o elemento da intenção).

Na decisão, o juiz Eugênio Augosto Clementi Junior, da 2ª Vara Criminal de Americana, entendeu que houve provas o suficiente para condenar o réu. “A investigação policial, somada a prova material e testemunhal, e aliada a confissão do réu, comprovou que Jaison, de forma dolosa, desferiu golpes na vítima, provocando graves ferimentos e ocasionado sua morte”, diz um trecho da sentença.

Com isso, houve a condenação, em primeira instância. Por esse motivo, o advogado ainda pode recorrer a instâncias superiores. Ao LIBERAL, a defesa do réu afirmou que ainda não foi intimada da decisão, por isso não poderia informar se recorreria ou não dela.

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