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LEGISLATIVO

Em Americana, vereadores candidatos somam apenas quatro projetos desde o início da campanha

Quantidade contrasta com a registrada no mesmo período do ano passado; sessão da última terça durou apenas 40 minutos e gerou críticas de parlamentar

Por Gabriel Pitor

05 de outubro de 2024, às 07h43

Na sessão da última terça (1º), que durou 40 minutos, apenas uma de cinco proposituras foi votada e todos os requerimentos receberam vistas - Foto: Câmara de Americana/Divulgação

Os vereadores de Americana que são candidatos à reeleição protocolaram apenas quatro projetos na câmara desde 16 de agosto, quando teve início o período de campanha visando as eleições deste domingo (6). O levantamento foi realizado pelo LIBERAL com base no site do Legislativo. A quantidade contrasta com a registrada no mesmo período do ano passado.

De acordo com os dados, de 16 de agosto a 3 de outubro foram apresentados oito projetos de lei, sendo quatro do Executivo e um de Vagner Malheiros (Novo), que está fora do pleito de 2024.

Entre os parlamentares que buscam a reeleição, há duas proposituras de Professora Juliana (PT) e uma de Wagner Rovina (PL).

Ainda foram protocolados um projeto de emenda à Lei Orgânica, também de autoria da petista; um projeto de Decreto Legislativo relativo às contas da prefeitura em 2022, da Comissão de Finanças e Orçamento da Casa; e 95 requerimentos.

Os montantes contrastam diretamente com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados seis projetos de Decreto Legislativo – três da câmara e três de parlamentares; 25 projetos de lei, sendo seis do Executivo e 19 de vereadores; e 118 requerimentos.

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Sem orientação

Segundo o presidente da Casa, Thiago Brochi (PL), não há reclamação de projeto que estaria sendo “segurado”. Ele ressaltou que não houve orientação para os vereadores “evitarem” novas proposituras.

“Talvez podem ter projetos passando pelas comissões. Mas acredito que foi uma baita coincidência”, completou.

Já o professor de Ciências Sociais da PUC (Pontifícia Universidade Católica), Vitor Barletta Machado, afirmou que é comum os candidatos dedicarem muito tempo às campanhas e deixarem as atividades parlamentares em segundo plano, mas questionou a validade disso.

“A gente pode, de fato, pensar se esse tipo de prática é correto em função das necessidades dos municípios. É absolutamente legítimo. Não é porque é comum, que é uma prática correta”, ponderou.

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Na sessão da última terça (1º), que durou 40 minutos, apenas uma de cinco proposituras foi votada e todos os requerimentos receberam vistas. Até mesmo a apreciação das contas de 2022 da prefeitura foi adiada.

A baixa produtividade gerou críticas de Professora Juliana, que chegou a dizer que tinham colegas de “aviso prévio”, que a situação era “lamentável” e que os vereadores “perderam o respeito” pela Casa.

A menor quantidade de proposituras no período de campanha não é uma novidade. Em 2020, de 27 de setembro a 13 de novembro — portanto, antes do pleito municipal —, a câmara teve 13 projetos de lei protocolados, sendo 11 do Executivo, e 64 requerimentos.

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