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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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mosquito

Americana tem ano com maior número de mortes por dengue

Município chegou a nove óbitos confirmados, superando a marca negativa de 2022; ao todo, são 4,3 mil casos da doença

Por Lucas Ardito

28 de setembro de 2024, às 08h13

O ano de 2024 é o que registrou mais mortes por dengue em Americana. A confirmação do nono óbito relacionado à doença foi feita pela prefeitura e pelo painel de monitoramento do Governo do Estado de São Paulo. A vítima era uma mulher de 47 anos, moradora do Jardim da Balsa, que morreu no início de julho – entretanto, a causa foi conhecida apenas nesta semana.

Esse é o maior número registrado desde o início da série histórica, em 2014, quando a cidade viveu uma epidemia da doença, com nove mil casos confirmados e uma morte. A marca negativa de 2024 supera a de 2022, que teve oito óbitos. Na ocasião, além das mortes, foram 4.302 pessoas infectadas. 

Dengue no Brasil
Americana chegou à nona morte por dengue em 2024, maior marca já registrada – Foto: Imagem de Mohamed Nuzrath por Pixabay

Neste ano, até a tarde desta sexta-feira (27), haviam sido confirmados 4.333 casos da doença, segundo o painel de monitoramento. Não havia nenhuma morte em investigação. Ao todo, as vítimas eram sete mulheres, com idades entre 45 e 96 anos, além de dois homens, que tinham entre 39 e 74 anos. 

De acordo com a  infectologista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, Raquel Stucchi, a explosão de casos de dengue levou a uma desestruturação dos sistemas de saúde.

A especialista destaca que algumas cidades não se prepararam adequadamente, mas ressalta também que, muitas vezes, os pacientes buscam atendimento de forma tardia.

Nova temporada

Para o ano que vem, a perspectiva é de nova temporada intensa da dengue. “Com este longo período de seca, é esperado que tenhamos também em 2025 um ano bem difícil no enfrentamento da dengue. A esperança é que para 2025 a gente tenha também a vacina do Butantã, que é dose única, o que facilita muito a vacinação da coletividade”, explicou Raquel.

“Neste momento, sem a produção de vacinas suficientes para imunizar a maior parte da população, a vacina traz um benefício individual para aqueles que a receberam. Pelo percentual de pessoas que puderam ser vacinadas, ela não tem nenhuma capacidade de mudar o impacto da doença para 2025.”

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A Secretaria de Saúde de Americana relaciona o número de óbitos ao avanço da dengue no País, especialmente nas cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas). Além disso, ressalta que realiza desde fevereiro a campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti, na qual retirou 11,5 toneladas de materiais. 

Bairros com mais casos

De acordo com a Secretaria de Saúde, o bairro com maior número de casos é o Cidade Jardim, um dos maiores da cidade, onde foram contabilizados 274 casos. Em seguida, aparecem Jaguari, com 171 casos, e Ipiranga, com 168. Apesar disso, apenas o Jaguari registrou morte: uma mulher de 68 anos, em abril.

Linha do tempo 

Desde 2014, o número de casos e mortes passa por altos e baixos. Neste período, o ano com mais casos registrados foi 2014, com 9.035 infectados pelo Aedes aegypti. Por outro lado, 2018 foi o melhor ano no combate à dengue, com apenas 15 casos confirmados. Quanto aos óbitos, 2017, 2018 e 2020 não registraram nenhum.

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