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BASQUETE

Selecionada para a WNBA, Stephanie Soares relembra início de carreira na região

Pivô é natural de Americana, mas passou parte da infância em Nova Odessa; ela foi a 4ª escolha geral do Draft

Por Lucas Ardito*

14 de abril de 2023, às 07h54 • Última atualização em 14 de abril de 2023, às 10h07

A pivô Stephanie Soares, nascida em Americana, fez história no Draft da WNBA, a liga de basquete dos Estados Unidos. Com 22 anos e 2,01m de altura, foi selecionada na quarta escolha geral da cerimônia, que é a porta de entrada para a principal liga feminina do planeta. Em entrevista ao LIBERAL, ela falou sobre o seu passado na RPT (Região do Polo Têxtil) e o sentimento em ser escolhida para um campeonato tão importante.

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O Draft foi realizado na última segunda-feira (10), em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Stephanie foi selecionada pelo Washington Mystics, mas, após uma troca, vai defender o Dallas Wings. Ela se tornou a brasileira a ser draftada na posição mais alta na história da liga, além de ser a primeira atleta do Brasil a sair diretamente da universidade para a WNBA.

Stephanie vai defender o Dallas Wings – Foto: Reprodução / Instagram

Apesar de ser americanense, a pivô viveu em Nova Odessa durante boa parte de sua infância. Seu pai era treinador do Atletas em Ação, time do município onde deu seus primeiros arremessos. Na cidade, ela participava de acampamentos, que são ambientes voltados para a prática do esporte e compartilhamento de experiências.

“Em Nova Odessa, a gente montou um acampamento. Então trazíamos times dos Estados Unidos, trazia pessoal para fazer acampamento de basquete, futebol, vôlei também, mas eu sempre joguei basquete mesmo”, explica.

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Ela viveu na região até os 12 anos, quando se mudou com a família para Recife. Lá, a atleta jogou pelo Nosso Clube, até se transferir para o Bradesco Osasco.

Em 2018, ela foi convocada para a seleção brasileira, para a disputa do Sul-Americano daquele ano. Depois, se mudou para os Estados Unidos, para atuar na Master’s University, na Califórnia – mesma universidade de seus pais. Por fim, foi para a universidade Iowa State, da principal divisão universitária, onde ganhou visibilidade em nível nacional.

“Quando eu comecei a jogar aqui pela Divisão 1, os técnicos tinham uma visão de que eu podia jogar na liga [WNBA]. Eu dizia ‘vocês são loucos?’. O meu alvo era sempre jogar profissionalmente, nunca achei que seria na WNBA, mas sempre queria jogar e viajar, para talvez um dia chegar lá”, afirma a pivô.

Na última temporada da NCAA (National College Athletics Association), Stephanie teve médias de 14,4 pontos e 9,9 rebotes. Ela afirma que, mesmo com o apoio dos técnicos e com as boas atuações por Iowa State, não imaginava sequer ser convidada para o Draft.

“Felicidade e gratidão a Deus por ter me dado as habilidades para estar nessa posição. Grata aos meus pais, que se sacrificaram tanto para que eu pudesse chegar onde eu estou agora. Minha família toda estava lá também, então foi mais especial ainda, por ter todo mundo lá dando o suporte”, diz.

A WNBA será disputada entre maio e outubro. No entanto, Stephanie só deverá jogar pelo Dallas Wings em 2024. Isso porque a pivô rompeu o ligamento do joelho e está em processo de recuperação. A expectativa da atleta é trabalhar a parte física durante todo este ano, para retornar às quadras na próxima temporada.

*Estagiário sob supervisão de Guilherme Magnin.

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