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CAGED

Americana e região têm saldo positivo de emprego pelo quinto mês seguido

Foram abertos 1.192 postos de trabalho no mês de maio na RPT, com destaque positivo para Sumaré

Por Marina Zanaki

02 de julho de 2021, às 07h03 • Última atualização em 02 de julho de 2021, às 14h51

Pelo quinto mês consecutivo, Americana e região registram saldo positivo de empregos. No mês de maio, foram abertos 1.192 postos de trabalho nas cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil), segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

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O destaque ficou para Sumaré, que teve 453 vagas abertas. O desempenho foi puxado pelas chamadas funções transversais na indústria, como condutores de veículos e alimentadores de produção.

Em Americana, foram abertos 274 postos de trabalho, com destaque para serviços administrativos e comércio. Hortolândia abriu 280 vagas, e Nova Odessa teve saldo positivo de 52 empregos.

Santa Bárbara d’Oeste abriu 133 postos, a maioria deles ligada ao setor da agropecuária, ligando à sazonalidade das contratações para colheita de cana-de-açúcar. Também houve geração de emprego na indústria da transformação de metais.

Diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Santa Bárbara, Nivaldo Silva destacou que alguns setores da indústria barbarense têm observado boa demanda, como máquinas ligadas ao agronegócio e insumos para a saúde.

“Tem sentido na região que para alguns setores a economia está reagindo forte com a retomada, mesmo com a pandemia, como agronegócio, pelo fator internacional, como o dólar, e o consumo das famílias que aumentou ficando em casa. Há um otimismo na indústria para o segundo semestre”, disse o empresário.

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Economista do Observatório PUC-Campinas, Eliane Rosandiski analisou que as contratações estão concentradas no comércio e serviços, mas que a indústria não está com uma demanda intensa o suficiente para aumentar a produção e o quadro de funcionários. Essa dinâmica tem um impacto no perfil das contratações, trazendo como consequência salários mais baixos.

A economista levantou que, na RMC (Região Metropolitana de Campinas), 68% dos contratados em maio têm ensino médio e 58% está na faixa dos 18 aos 24 anos. O mesmo perfil de predominância foi identificado pela reportagem para Americana.

“Está tendo um crescimento do Caged, com geração de emprego formal. Por outro lado, ainda não é emprego que tem na sua essência uma grande renda, provavelmente não é tão bem remunerado. Não sabemos a força que esse emprego vai trazer de demanda, de capacidade de consumo para as pessoas”, avaliou.

O desemprego no Brasil se manteve em patamar recorde, com 14,8 milhões de pessoas entre sem trabalho entre fevereiro e abril, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“Só dá para pensar em retomada quando as pessoas estiverem vacinadas, a taxa desemprego menor. Quando olha para os dados nacionais, percebe que está com o mercado ainda muito fragilizado”, analisou a economista.

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