Covid-19
Comitê lança campanha e pede redução de horário a bares e restaurantes
Objetivo é alertar a população sobre o cenário atual da pandemia, considerado o mais crítico desde a descoberta do vírus
Por Ana Carolina Leal
19 de junho de 2021, às 08h06
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/regiao/comite-lanca-campanha-e-pede-reducao-de-horario-a-bares-e-restaurantes-1543893/
O Comitê Técnico de Covid-19 da microrregião, criado semana passada para discutir ações conjuntas para conter o avanço da doença, lança neste sábado a campanha #CanceleaCovid. O objetivo é alertar a população sobre o cenário atual da pandemia, considerado o mais crítico desde a descoberta do vírus.
“A grande preocupação é que não temos mais onde atender os pacientes”, afirmou o médico Renato Monteiro, presidente da AMA (Associação Médica de Americana), uma das instituições integrantes do comitê.
De acordo com o médico, o mais prudente no momento seria reduzir o horário de funcionamento dos bares e restaurantes. “Não acredito que o lockdown seria solução nem fechar os restaurantes, mas restringir o horário pelo menos até oito horas da noite. Não é o comércio que tem aglomeração nem o ambiente de trabalho. É a pessoa que vai para o bar depois das oito, dez horas da noite”, declarou.
Fazem parte do comitê, além da AMA, as Prefeituras de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa, hospitais Unimed, São Lucas, São Francisco, Santa Casa e Samaritano e APM (Associação Paulista de Medicina) de Santa Bárbara.
Segundo a Unimed, a campanha #CanceleaCovid surgiu diante do agravamento da pandemia na região. “Vivemos o período mais crítico, com o maior número de hospitalizações e enfrentamos a saturação do sistema de saúde”. A campanha terá desdobramento com publicações nas redes sociais, entrevistas na imprensa, entre outras ações que estão sendo planejadas.
Outro lado
Para a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) de Campinas e região, punir setores produtivos tem sido a saída mais fácil dos governantes, quando deveriam ter maior rigor na fiscalização e punição de eventos clandestinos e com aglomerações.
“Os 16 meses de pandemia deveriam servir para o aperfeiçoamento das medidas e ações. Infelizmente, não é isso que estamos vendo, o que deixa o setor perplexo e indignado”, disse Matheus Mason, presidente regional da entidade.