Nutrição
Proteínas vegetais são alternativas à carne
Alimentos como ervilha, milho, batata, soja e arroz suprem as necessidades proteicas do organismo humano em uma dieta equilibrada
Por Danilo Reenlsober
31 de outubro de 2019, às 13h35
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Proteínas são substâncias extremamente importantes para o organismo e exercem diversas funções no nosso corpo – não existe nenhum processo biológico em que uma proteína não esteja envolvida. Normalmente, alimentos de origem animal, como carnes e laticínios, são as principais fontes de proteína do ser humano. No entanto, alimentos de origem vegetal também são fontes ricas da substância.
De acordo com a especialista em nutrição clínica Bárbara Peters, membro da Força-Tarefa Alimentos Funcionais do ILSI (International Life Sciences Institute), alimentos como ervilha, milho, batata e arroz suprem as necessidades proteicas do organismo em uma dieta equilibrada com nutrientes de qualidade. Desses alimentos, a soja, principal fonte de proteína vegetal, é tida como a de melhor qualidade.
“A soja é a única dos vegetais que apresenta todos os aminoácidos essenciais em quantidades suficientes para atender às necessidades do ser humano”, afirma Bárbara. Ainda segundo a especialista, a soja tem como vantagem o fato de ser mais barata do que a carne, sendo uma excelente alternativa para o consumidor.
O ideal, comenta Bárbara, é diversificar na ingestão de legumes, verduras e frutas para garantir a ingestão de todos os aminoácidos essenciais. “Além da substituição da carne em dietas vegetarianas ou veganas, proteínas vegetais são uma alternativa equivalente aos alimentos de origem animal, se ingeridas em quantidade adequada”.
Acompanhamento profissional
Bárbara Peters ressalta, no entanto, que a pessoa que optar por uma dieta livre de carnes e outras proteínas de origem animal precisa, obrigatoriamente, do acompanhamento de um nutricionista. Somente um especialista poderá criar uma dieta equilibrada, com todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.
“Para compensar a quantidade necessária de nutrientes, o ideal é que o paciente tenha refeições equilibradas ao longo do dia, com ingestão de proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. O objetivo é que todos os aminoácidos essenciais à saúde sejam ingeridos em quantidades diárias recomendadas segundo orientações do profissional”, aponta a nutricionista
Combate ao câncer
De acordo com a especialista, alguns estudos relatam que o consumo da soja durante a infância e adolescência pode estar associada a um menor risco de câncer. A relação entre a proteína da soja e o auxílio na diminuição do risco de câncer existe devido aos compostos orgânicos chamados isoflavonas, que estão presentes no alimento.
“A alta ingestão de isoflavonas a partir de alimentos à base de soja em países asiáticos têm contribuído na redução do risco de câncer de mama. Em contrapartida, a incidência de câncer de mama permanece elevada na Europa, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, onde a ingestão média de isoflavonas em mulheres não asiáticas é geralmente menor que 2 mg/dia”, aponta.
Outras vantagens da proteína de soja é que ela é bem digerida e fornece todos os aminoácidos essenciais em quantidades apropriadas para ajudar no crescimento e reparação de tecidos, ou seja, a ingestão diária recomendada pode auxiliar na recuperação muscular, o que permite consciência na execução de exercícios físicos, e tem papel fundamental na manutenção do peso e ganho muscular.