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Síndrome de Pandora: quando o estresse afeta a saúde dos gatos

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Síndrome de Pandora: quando o estresse afeta a saúde dos gatos

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Síndrome de Pandora: quando o estresse afeta a saúde dos gatos

Entenda os riscos, diagnósticos e tratamentos para manter a saúde urinária e o bem-estar dos gatos

Por Ana Carolina Leal

08 de setembro de 2024, às 09h00

A Síndrome de Pandora está profundamente relacionada ao bem-estar emocional do felino - Foto: Adobe Stock

Quando se pensa em problemas de saúde em gatos, poucos imaginam a complexidade de uma condição que, embora pareça simples, afeta múltiplos sistemas do corpo e está profundamente relacionada ao bem-estar emocional do felino.

A Síndrome de Pandora em gatos é uma dessas condições. Caracterizada por uma combinação de sinais que afetam principalmente o trato urinário inferior, essa síndrome foi inicialmente descrita para destacar a complexidade de seus sintomas, lembrando a “caixa de Pandora” da mitologia grega, onde diversos problemas são liberados ao mesmo tempo.

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De acordo com a médica veterinária Beatriz Ferrari, de Santa Bárbara d’Oeste, os principais sintomas da Síndrome de Pandora incluem urinar fora da caixa de areia, urina mais frequente e em menor quantidade, presença de sangue na urina, miados excessivos e esforço ao urinar.

“Os sinais podem ser inespecíficos, já que acometem todos os distúrbios do trato urinário”, Beatriz, ressaltando a necessidade de uma avaliação minuciosa.

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A principal causa associada à síndrome é o estresse. Gatos expostos a mudanças repentinas ou situações de estresse ambiental apresentam um risco maior de desenvolver a doença. Outros fatores incluem obesidade, conflitos territoriais com outros felinos, ambientes pouco enriquecidos, manejo inadequado de caixas de areia, alimentação restrita a ração seca e pouca quantidade de ração úmida.

Beatriz enfatiza que o diagnóstico da síndrome é complexo e deve ser realizado por um veterinário, que levará em consideração uma anamnese detalhada – uma entrevista entre o profissional e o tutor do gato –, além de exames clínicos e laboratoriais para descartar outras doenças do trato urinário. “Como os sinais são inespecíficos, o diagnóstico também se torna mais complicado”, completa a veterinária.

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Embora a Síndrome de Pandora seja idiopática, ou seja, sem uma causa específica identificável, o tratamento visa reduzir a gravidade dos sintomas e eliminar fatores estressantes, podendo incluir também terapia farmacológica.

Medidas preventivas como o enriquecimento ambiental, manejo alimentar adequado, incluindo dietas úmidas para ajudar a fluidificar a urina, são fundamentais para manter o bem-estar do felino.

Seguir o tratamento adequado e o acompanhamento veterinário regular é essencial para garantir um bom prognóstico, evitando o agravamento dos sintomas e possíveis recidivas.

Beatriz reforça a importância do acompanhamento anual não apenas para a Síndrome de Pandora, mas para a saúde geral e o bem-estar dos animais. “Com uma alimentação saudável e cuidados veterinários regulares, conseguimos prevenir não só doenças do trato urinário, mas também melhorar a qualidade de vida dos felinos”, conclui.

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