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Revista L - Motors

Câmbio automotivo: manual ou automático?

Tendência do mercado é diminuir lançamentos com transmissão manual; motoristas ouvidos pela Revista L Motors revelam suas preferências

Por Marina Zanaki

25 de setembro de 2023, às 11h03

Por gosto ou conveniência, ainda há quem procure modelos com caixa manual e pedal de embreagem - Foto: Image by senivpetro on Freepik

É cada vez mais raro ver um carro zero km com câmbio manual. Este tipo de transmissão vem perdendo espaço no mercado na mesma velocidade em que os lançamentos com câmbio automático conquistam pelo conforto e segurança. Mesmo assim, por gosto ou conveniência, ainda há quem procure modelos com caixa manual e pedal de embreagem.

“O câmbio automático é uma facilidade para todo mundo, não importa a idade, desde os mais jovens até os mais idosos”, afirma Vagner Laschi, administrador de empresas e advogado de 73 anos, proprietário de um Volkswagen Jetta, ressaltando conforto e segurança como principais motivos pela preferência.

Nascido em Santo André, Laschi trabalhou na indústria automotiva em São Bernardo do Campo antes de vir morar em Americana, há mais de 30 anos. Ele diz que a predominância de carros com câmbio automático “é o futuro que já chegou” e compara os mecanismos às direções mecânica, hidráulica e elétrica. “As duas últimas evoluções tecnológicas, assim como o câmbio automático, vieram para facilitar”, pontua.

Veículos com câmbio automático são bastante recomendáveis para condutores que atravessam trânsito carregado em suas rotinas, porque o acionamento da embreagem e a troca de marchas repetidamente costumam ser incômodos, especialmente depois de longos dias de trabalho, opina Elioenai Neves, servidor público de 30 anos, morador de Americana.

Proprietário de um Toyota Corolla Fielder, com o qual percorre 30 quilômetros diariamente, ele conta ter tido boas experiências com carros automáticos, justamente por conta do conforto, mas ainda assim prefere o câmbio manual.

“Sofria com o atraso nas trocas de marchas, em especial durante a travessia de cruzamentos movimentados, o que me levava a antecipar as acelerações ou utilizar as aletas atrás do volante”, conta, lembrando de sua antiga Fiat Toro diesel com 9 marchas. Um ponto positivo do modelo, entretanto, é o recurso “overdriving” da última marcha, que reduz bastante o consumo de combustível nas rodovias, considera.

Cada tipo de câmbio possui vantagens e desvantagens, portanto a escolha depende do contexto em que o carro será utilizado, argumenta Fernando Souza Nascimento, artesão e morador de Santa Bárbara d’Oeste, de 52 anos. Proprietário de um Peugeot 208, com câmbio manual, ele dirige cerca de 5 quilômetros diariamente.

“O câmbio manual oferece mais controle e é geralmente mais divertido de dirigir. O motorista pode escolher a marcha adequada para cada situação e pode ter mais controle sobre a velocidade do veículo em determinadas situações, como em descidas íngremes”, argumenta ele. “Além disso, os carros com câmbio manual costumam ter uma manutenção mais simples e são geralmente mais econômicos em termos de consumo de combustível”, acrescenta.

Proprietário da loja multimarcas Ayrton Automóveis, Gustavo Martins da Silva diz que ainda são fabricados carros de entrada com câmbio manual. Alguns exemplos são versões dos modelos Renault Kwid, Fiat Mobi e Argo, Chevrolet Onix, Volkswagen Polo, Peugeot 208 e Hyundai HB20. Porém, segundo o lojista, as opções vêm diminuindo enquanto a procura por veículos com câmbio automático está sempre aumentando.

“Muitos desses carros têm opção manual, mas nem ficamos sabendo, porque não têm procura. É raríssimo a pessoa ter um carro automático e voltar a querer um manual. Percebemos que muitas estão comprando um carro automático pela primeira vez, mas depois de uma semana contam que já se acostumaram e estão gostando. A tendência é aumentar cada vez mais o automático e diminuir o manual”, diz

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