19 de maio de 2024 Atualizado 08:52

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Bem-Estar

Por que aderir (ou não) à cama compartilhada

Decisão em adotar esse modelo de criação deve ser bem pensada; pais devem estar cientes tantos dos benefícios quanto dos riscos associados

Por Ana Carolina Leal

07 de maio de 2024, às 07h52 • Última atualização em 07 de maio de 2024, às 07h53

Dividir a cama com o filho implica em benefícios e riscos associados - Foto: Adobe Stock

A cama compartilhada refere-se à prática de pais e filhos dormirem no mesmo espaço. Os motivos para adotar esse modelo de criação variam desde a conveniência para amamentação até a busca por uma conexão emocional mais forte com a criança.

Entre os benefícios citados estão a facilitação da amamentação noturna e a promoção de um melhor sono tanto para a mãe quanto para o bebê, já que permite atender rapidamente às necessidades da criança.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

“Nos primeiros meses de vida o sono do bebê é muito fragmentado, com muitos despertares noturnos e pode ser muito exaustivo as famílias ficarem levantando para acolher as crianças durante a noite”, comenta Luciane Baratelli, neuropediatra e autora do livro Sono Infantil Sem Neura.

Além disso, alguns estudos sugerem que a cama compartilhada pode ajudar a sincronizar os ciclos de sono de mãe e filho e fortalecer o vínculo entre eles.

Mãe de dois meninos – Olavo, de 5 anos, e José Felipe, de 3 anos -, a educadora parental e mantenedora da Escola Jardim de Gabriel, em Limeira, Aline Basso é adepta da cama compartilhada desde o nascimento do primeiro filho.

Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região!

“A linha de criação que faz mais sentido pra mim é a da teoria do apego, em que os bebês precisam de vínculo, conexão. E a cama compartilhada é coerente com essa visão”, afirma. Mas não quer dizer que é fácil, destaca.

Aline conta que os seis primeiros meses do primeiro filho foram tranquilos, mas depois começaram os desafios de dividir a mesma cama. Atualmente, os dois filhos deitam na cama dos pais e quando dormem, são colocados no quarto deles.

“Na maioria das noites eles acordam e voltam para nossa cama e o que a gente faz é colocar um colchão do lado para dormirmos melhor. Mas esse é um assunto que não me cobro mais. Entendo que são crianças, que elas têm medo, ficam agitadas, precisam da companhia do adulto para se sentirem bem, seguros e está tudo bem. Mas tudo isso foi bem conversado e não é um problema na nossa casa”, afirma.

Faça parte do Club Class, um clube de vantagens exclusivo para os assinantes. Confira nossos parceiros!

Riscos – Segundo a neuropediatra, o principal  risco da cama compartilhada é o sufocamento e a síndrome da morte súbita que ocorre em crianças menores de 1 ano.  

“Olhando apenas sob a ótica da segurança no sono, o melhor local para o bebê dormir é o berço. Porém, muitas famílias optam pela cama compartilhada apesar disso, e devem ser orientadas a faze-la da forma mais segura possível”, afirma.

De acordo com a médica, as situações de maior risco para a cama compartilhada são em bebês menores de 4 meses, filhos de pais fumantes ou que tenham utilizado álcool ou alguma outra substância que altere o sono, como por exemplo, medicamentos calmantes.

Conforme a criança cresce, é natural que surja um interesse dela em ir para o próprio quarto, buscando mais privacidade, mas o momento em que isso ocorre é muito variável, destaca a neuropediatra.

“Algumas podem solicitar já na primeira infância, outras podem querer dormir com os pais até na adolescência. A transição deve ser feita quando algum dos membros da família não estiver mais a vontade com ela, sejam os pais ou a criança”.

As notícias do LIBERAL sobre Americana e região no seu e-mail, de segunda a sexta

* indica obrigatório

Publicidade