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Bem-Estar

Outubro Rosa: conscientização sobre a saúde da mulher

Oncologista destaca a importância das medidas de prevenção ao câncer de mama

Por Renan Araujo/Tree.inf

29 de setembro de 2024, às 13h05

O próximo mês é marcado em todo o mundo pelo Outubro Rosa, que visa conscientizar sobre a saúde da mulher com enfoque principal no câncer de mama, o tumor com maior taxa de mortalidade entre o sexo feminino no Brasil. Para se ter uma ideia, o Instituto Nacional do Câncer estima que mais de sejam diagnosticadas mais de 73 mil mulheres com a doença.

A oncologista do Hospital Edmundo Vasconcelos e da Oncoclínicas São Paulo, Marcela Bonalumi, explica que são dois os fatores de risco principais: ser do sexo feminino e o envelhecimento. “Apenas entre 5 e 10%, está relacionado a causas genéticas hereditárias, ou seja, herdado de pai, mãe e familiar. O primeiro principal fator de risco é ser mulher e o segundo principal fator de risco é envelhecer, ou seja, o câncer de mama está muito relacionado a fatores que não podemos mudar”, detalha.

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Segundo a médica, um fator muito importante são as medidas de prevenção. “Existem dados de estudos sérios que mostram impacto realmente impressionantes na redução de risco de incidência e recorrência para pacientes que fazem atividade física, alimentação regrada e possuem controle de peso. A adoção de um estilo de vida mais saudável é muito importante para reduzir as chances da doença”, afirma ela.

É importante que os exames de rastreamento sejam feitos ao menos uma vez por ano, a partir dos 40 anos, mesmo que não haja qualquer sintoma. “A mamografia é o exame de escolha, ela consegue identificar o câncer muito inicialmente, fazendo com que as chances de cura sejam muito altas. O objetivo é identificar a doença antes que ela cause sintomas. Vale lembrar que ela não é substituível por autoexame, ultrassom ou ressonância magnética”, destaca.

A oncologista explica, porém, que é sempre importante ficar atenta aos sinais. “Estão entre eles a descarga papilar, ou seja, a saída de líquido transparente ou sangue pela mama, mudança da alteração do padrão do mamilo (quando o mamilo vai para dentro), aparecimento de um visual diferente na pele da mama, com aspecto de casca de laranja e o aparecimento de um nódulo”, ressalta.

Marcela ainda reforça que o autoexame seja feito com frequência para que seja possível conseguir alguma alteração ativa. “Ao identificar qualquer alteração procure ajuda médica. Muitas pacientes acabam vindo com doenças avançadas porque tem medo. É importante ressaltar que o câncer de mama tem índices de cura altíssimos, sobretudo quando diagnosticado precocemente”, finaliza.

Informações sobre a mamografia que toda mulher precisa saber

A partir do rastreamento mamográfico – desde que realizado periodicamente – diversos estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%. “Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura”, comenta Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

Acima dos 40 anos, o exame pode ser realizado anualmente, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Já entre os 50 e 69 anos, de acordo com o Ministério da Saúde, a mamografia de rotina pode ser realizada a cada dois anos, desde que a mulher não tenha sinais ou sintomas da doença. Quando o procedimento é realizado fora da faixa etária, ou seja, em mulheres com menos de 40 anos, ele pode ser indicado para complementar o diagnóstico de nódulos na região. Porém, vale lembrar que apenas o médico poderá recomendar a necessidade ou não da mamografia em situações como essa.

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Quem tem silicone pode fazer mamografia. A prótese não irá atrapalhar o exame, mas é necessário que a paciente avise sobre o silicone. “O mamógrafo não irá furar a prótese. A diferença é que podem ser necessárias mais imagens durante o exame, assim como a manobra de Eklund – que consiste em afastar o silicone para que não haja distorção dos resultados”, comenta Daniel.

O exame é contraindicado na gravidez, mas pode ser realizado normalmente em outras situações. A radiação emitida no procedimento é baixa e não causa complicações. O exame em si não necessita de muitos preparos, mas é recomendado que a mulher faça o agendamento da mamografia alguns dias após a menstruação. “Isso ajuda a evitar o desconforto e oferece mais tranquilidade para a paciente durante o exame”, explica Daniel. Além disso, é necessário evitar o uso de hidratantes, desodorantes e outras substâncias nas mamas e axilas, pois podem interferir no resultado do exame.

O exame não é recomendado caso a mulher esteja amamentando ou grávida. Em situações como essa, o médico poderá solicitar outros que não sejam prejudiciais para a mãe e para o bebê, como o ultrassom.

Vacina contra o covid-19

A vacina contra a covid-19 pode causar erros de interpretação na mamografia por causa do aumento de linfonodos no braço em que a paciente recebeu a dose. A situação pode ser interpretada erroneamente como um sinal de câncer de mama – uma vez que a doença também apresenta esse desdobramento. O INCA recomenda que a mamografia de rastreamento seja feita entre quatro a seis semanas após a vacinação contra a covid-19. Cinthia Jardim_Digital Trix

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