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PAIS & FILHOS

Como o apoio dos pais pode potencializar resultados de filhos atletas

Mãe e técnica do Centro de Iniciação em Ginásticas, de Americana e Santa Bárbara, destaca como a família pode ser importante no desempenho esportivo

Por Isabella Holouka

08 de abril de 2024, às 11h45 • Última atualização em 08 de abril de 2024, às 11h50

Desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e socioemocionais estão entre os benefícios do esporte na infância. Seja com o objetivo de desenvolver-se e divertir-se ou visando o alto rendimento, o apoio dos pais é fundamental. Além de ajudar a estreitar laços com os filhos, a presença e o acolhimento dos cuidadores diante dos desafios podem até potencializar os benefícios e resultados da vida esportiva.

Proprietária e técnica do CIG (Centro de Iniciação em Ginásticas), Francielle Bruno Hernandes Gontow conta ter 28 meninas em treinamento para competições neste ano, sendo que três atletas se destacam nacionalmente com alto nível técnico. Com unidades em Americana e Santa Bárbara, o CIG oferece aulas particulares e bolsas integrais para estudantes de escolas públicas.

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“O que elas têm em comum? Famílias que apoiam, pais que estão aqui, que acreditam e correm atrás com elas. O apoio faz toda a diferença. Acreditamos que atrás de cada criança que acredita em si mesma, existe uma família que acreditou nela primeiro. E não quer dizer que os pais precisam ser perfeitos, porque não precisam, mas têm que estar apoiando”, opina a técnica e mãe de três crianças.

Segundo ela, o esporte proporciona momentos em que os pais ou cuidadores podem mostrar que confiam no potencial de suas crianças. O acolhimento tem impacto positivo no relacionamento entre pais e filhos e vantagens para a autoestima das crianças, reverberando por toda a vida.

A proprietária e técnica do CIG, Francielle Bruno Hernandes Gontow – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

“Temos uma comissão com todos os pais das meninas em treinamento, para eles estarem presentes, com equipes para busca de patrocínio, venda de rifas, marketing. Vemos as famílias acompanhando os processos e dando mais valor a cada conquista. No ano passado, o trabalho com a psicóloga era só com elas e neste ano é com os pais também. Eles têm que ser apoio”, enfatiza.

“Assim como em outros esportes, não ensinamos só ginástica. Queremos criar essas meninas para a vida, porque acreditamos que quando uma delas tiver potencial de ser ginasta, ela precisa ter o emocional bem trabalhado, além do físico. E esse é um trabalho que leva anos”, pontua.

Equilíbrio

Se por um lado professores e treinadores enfrentam o desafio de aproximar as famílias dos atletas, por outro lidam com situações em que o apoio exagerado se converte em pressão.

Francielle conta vezes em que as famílias tentaram incentivar as crianças com chantagem emocional ou oferecendo presentes caso fossem premiadas, e mesmo que a intenção fosse boa, o resultado não foi como esperado. “A menina ‘espanou’”, resume.

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Nestes casos, é importante alinhar expectativas e papéis. “Conversamos e orientamos a fazerem a parte deles como pais, porque para o trabalho de técnico precisam confiar na gente. É muito comum as famílias tentarem passar por cima, e acreditamos que isso faz parte, porque todo mundo quer o melhor para as crianças”, diz.

Para Francielle, saber incentivar e acolher se mostra ainda mais importante em contextos competitivos, que podem envolver frustrações e resiliência. “Deixem o trabalho chato para a gente. Quando elas chegarem em casa, respeitem, cuidem, ouçam, perguntem, tentem ajudar, para que eles possam resolver os seus problemas”, finaliza.

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