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Como lidar com a birra infantil?

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Como lidar com a birra infantil?

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Pais & Filhos

Como lidar com a birra infantil?

Especialista dá dicas de como os pais devem agir diante do comportamento

Por Redação

11 de agosto de 2024, às 08h01

A birra se resume a explosões emocionais, que surgem em função da falta de regulação emocional das crianças - Foto: Freepik

Uma criança, irritada por algum motivo, se joga no chão e começa a chorar…ou simplesmente arremessa objetos no chão e grita sem parar. A cena pode acontecer na rua, em um shopping, supermercado ou festa de aniversário. E causa um forte desconforto entre os adultos, que na maioria das vezes não sabem como lidar com a situação, enquanto são vítimas dos olhares de outras pessoas presentes no local.

As birras infantis, como explica Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT, são comportamentos comuns na primeira infância, período que vai do nascimento até os cinco ou seis anos de idade.

“A birra se resume a explosões emocionais, que surgem em função da falta de regulação emocional das crianças, já que, durante a infância, algumas áreas do cérebro ainda estão em desenvolvimento”, explica Colombini.

“É uma forma que a criança encontra para externalizar seus sentimentos e sensações e, nestas horas, os adultos devem agir com paciência e acolhimento, afinal, este é um comportamento normal nesta fase”, conclui.

Como os pais devem lidar. Filipe explica que a melhor forma de manejar as birras é acolhendo os sentimentos da criança e validando suas emoções. “O pequeno precisa ter a segurança de saber que pode contar com seus pais e cuidadores”, afirma o psicólogo. “Nestas situações, a falta de paciência dos responsáveis pode piorar a tensão”, conclui.

Ajudar a criança a dar nome às emoções, orientando-a a diferenciar tristeza de alegria, por exemplo, é uma estratégia eficaz. O especialista também fala da importância de se estabelecer uma rotina com a criança, fundamental para evitar situações que possam provocar angústia ou ansiedade. “Vale lembrar que a educação emocional demanda paciência e tempo, não acontece da noite para o dia”, destaca Colombini. “É um exercício contínuo e diário”, conclui.

Buscando ajuda. “Quando se fala em crianças, automaticamente estamos falando dos pais”, ressalta Filipe. Segundo o psicólogo, na ocorrência de birras, é importante os pais estarem cientes de que a culpa não é da criança, pois é o ambiente e as habilidades parentais que influenciam a rotina do pequeno.

“Os pais precisam fazer uma imersão nos ambientes onde o filho está envolvido, assumindo protagonismo na busca por recursos”, diz Filipe. “Acima de tudo, as soluções para as birras devem ser desenvolvidas em família, para que sejam realmente efetivas”, conclui.

A modalidade de terapia conhecida como AT (Acompanhamento Terapêutico) é muito recomendada nesse contexto. Isso porque os psicólogos conhecidos como Acompanhantes Terapêuticos (ATs) atendem fora do consultório e executam treinamentos de habilidades parentais nas próprias residências das famílias, capacitando os pais ou cuidadores com habilidades específicas para lidar com as birras.

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