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Em meio à pandemia

Como lidar com a ansiedade no atual cenário?

As pessoas se deparam com a desconstrução de um padrão de vida existente, o que pode levar a indagações a respeito do futuro

Por Dino / Divulgador de Notícias

01 de julho de 2020, às 22h14

De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil são 18,6 milhões de pessoas que convivem com o transtorno da ansiedade, ou seja, 9,3% da população.

Estes dados são anteriores à pandemia de Covide-19 e já atribuía ao País o segundo lugar no ranking mundial nesta forma de sofrimento psíquico. Considerando o cenário atual, com o advento desta pandemia, esse número pode ter se agravado ainda mais.

No Brasil, 18,6 milhões de pessoas convivem com o transtorno da ansiedade, ou seja, 9,3% da população – Foto: Divulgação

‘Vivemos em um momento difícil de pandemia, onde as incertezas, o medo e a angústia nos despertam inúmeras alterações físicas e psicológicas, podendo estas gerarem muitas reações, entre elas a ansiedade.

Todas essas mudanças bruscas em nossa rotina podem despertar sentimento de impotência, de incerteza, de medo, de solidão, entre outros’, explica a psicóloga Júlia Rabelo, conselheira do Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-SC).

Segundo Júlia, o medo em lidar com um futuro incerto, o distanciamento social, o isolamento ou até mesmo o confinamento, a preocupação com a limpeza e higienização podem ser um agravante e desencadear o surgimento de inúmeras patologias de desordem psíquica.

‘Neste período precisamos atentar ainda mais aos cuidados psicológicos necessários e aos danos emocionais que possam vir a surgir provocados pela situação atual. Cuidar da saúde mental e do bem-estar psicológico e social é tão importante quanto preservar a saúde física’, explica.

A especialista ainda elucida que, a interrupção ou restrição de atividades habituais da vida diária, as mudanças na rotina e a limitação na liberdade de circular e de interagir socialmente possibilitam uma reflexão sobre o funcionamento do mundo contemporâneo e sobre as novas formas de adaptação do ser humano frente ao novo cenário instituído.

Nesse momento de maior distanciamento social, as pessoas se deparam com a desconstrução de um padrão de vida existente, o que pode levar a indagações a respeito do futuro.

‘É importante salientar que precisamos nos reorganizar em alguns aspectos da vida cotidiana, como, por exemplo, na rotina doméstica, no trabalho em home office, na relação com as crianças, na nossa interação social, administração das finanças pessoais e, principalmente, com os nossos próprios cuidados pessoais. Esta (re)organização nos ajuda a reduzir os níveis de estresse e ansiedade’, sugere a psicóloga.

SINTOMAS
É relevante destacar a manifestação de outros sintomas intensificados pela sequência de alterações na rotina dos indivíduos, tais como: insônia, falta ou excesso de apetite, tristeza, irritabilidade, morosidade no acesso à memória, entre outros.

Estes sintomas são externalizações de sofrimento psíquico e, o indicativo para estes casos, seria procurar um(a) profissional da Psicologia, a fim de realizar avaliação adequada de seu quadro emocional e encaminhamento para a forma de tratamento que possa proporcionar o cuidado necessário à saúde psíquica da pessoa.

Orientações a respeito da ansiedade:

  • No início do dia, é importante estabelecer rotinas e planejamento diário, como estabelecer horário para acordar, alimentar-se, realização dos afazeres domésticos, trabalho, atividades de lazer. Isso favorecerá um maior equilíbrio emocional.
  • No convívio familiar, procure dividir tarefas domésticas, busque realizar atividades prazerosas em grupo e, importante ressaltar, a manutenção de uma rotina de atividades individuais.
  • A alimentação e os exercícios físicos têm um importante papel na redução da ansiedade. Procure ter bons hábitos alimentares.

Fonte: http://www.crpsc.org.br/

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