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Bem-Estar

Como ensinar os filhos a lidar com as emoções

Incentivar as crianças a nomear e compreender suas emoções como raiva, frustração e tristeza, é fundamental para que elas desenvolvam um repertório emocional saudável

Por Ana Carolina Leal

14 de outubro de 2024, às 08h20

É importante permitir que a criança expresse suas emoções livremente - Foto: Adobe Stock

Ensinar as crianças a compreender e gerenciar emoções como raiva, frustração e tristeza é um desafio importante para os pais, que precisam atuar como guias nesse processo.

De acordo com o psicólogo clínico Anderson Godoy, de Americana, ensinar as crianças desde cedo a identificar e nomear suas emoções, bem como compreender como elas se manifestam no corpo, é essencial para o desenvolvimento de um repertório emocional saudável.

“Uma criança que é incentivada a reconhecer suas emoções desenvolve uma inteligência emocional capaz de lidar com diversas situações da vida”, explica. Essa habilidade não apenas facilita a convivência em sociedade, como também contribui para o autoconhecimento e prevenção de problemas emocionais no futuro.

Entretanto, para apoiar os filhos nessa jornada, os pais precisam primeiro ser capazes de reconhecer suas próprias emoções. “As crianças vão apresentar emoções difíceis, como raiva e frustração, e os pais precisam estar preparados para enfrentar esse confronto”, alerta Godoy.

Segundo ele, permitir que a criança expresse suas emoções livremente é fundamental. “Raiva, frustração e tristeza fazem parte da nossa vida, e o que não expressamos tende a nos machucar por dentro”.

Para as crianças, no entanto, essas emoções muitas vezes vêm sem uma compreensão clara do que está acontecendo. É aí que o papel dos pais se torna imprescindível: oferecer suporte emocional, segurança e acolhimento.

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“Os pais devem ouvir atentamente o que a criança está comunicando, seja por palavras ou pelo comportamento, sem recorrer a intervenções enérgicas ou repressivas”, orienta o psicólogo. Ele ainda destaca a importância da autorregulação emocional dos pais, para que possam lidar com as crises dos filhos sem se deixar envolver pelas mesmas emoções.

“Após uma crise de frustração, contar uma história de superação pode ser uma forma de ajudar a criança a compreender melhor o que aconteceu”, sugere.

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Raiva sob controle – Em relação à raiva, Godoy explica que ela é uma emoção natural e necessária, ligada à nossa resposta de luta ou fuga diante de situações percebidas como ameaçadoras ou injustas. “Permitir que a criança expresse a raiva de maneira controlada é parte do processo de maturidade emocional. Isso evita explosões descontroladas e ajuda a criança a manter o equilíbrio”.

Brincadeiras e atividades físicas também podem ser grandes aliadas no processo de autorregulação emocional. Competir em jogos, por exemplo, expõe as crianças a situações de vitória e derrota, que despertam emoções intensas.

“O esporte, especialmente em grupo, ensina as crianças a lidar com frustrações e a compreender as regras da convivência”, observa Godoy. No entanto, ele ressalta que atividades solitárias, como o videogame, podem não oferecer o mesmo aprendizado.

Acolhimento e segurança – Diante de uma crise emocional, é essencial que os pais ofereçam um ambiente acolhedor e seguro. “Os pais devem manter a calma e usar falas assertivas, como ‘eu entendo o que você está sentindo’, ‘você está seguro’, e evitar frases que possam reprimir as emoções da criança, como ‘engole esse choro’ ou ‘faça o que eu mando agora’”, conclui o psicólogo.

Sinais de que a criança precisa de mais apoio emocional

  • Isolamento
  • Ansiedade
  • Mudanças frequentes de humor
  • Irritabilidade
  • Melancolia
  • Dificuldade de falar sobre sentimentos
  • Problemas de relacionamento
  • Distúrbios alimentares
  • Automutilação

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