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50 ANOS DO TRI

Comemoração do título de 1970 marca a vida de moradores de Americana

Título conquistado pelo Brasil em 1970 fez casal se conhecer, alegrou festa de aniversário e deixou americanense em “saia justa” na Itália

Por Rodrigo Alonso

21 de junho de 2020, às 07h47 • Última atualização em 22 de junho de 2020, às 09h37

Em 21 de junho de 1970, Americana entrou em clima de festa mesmo antes da decisão da Copa do Mundo, na qual o Brasil derrotou a Itália por 4 a 1, no México, e se tornou o primeiro tricampeão mundial.

No período da manhã, já havia carros enfeitados com as cores da bandeira brasileira. E, após o apito final, a comemoração tomou conta das ruas americanenses.

Centenas de automóveis fizeram uma carreata pela cidade. Moradores cantavam o hino nacional, gritavam “Viva o Brasil”, soltavam bombas e faziam tremular a bandeira brasileira e de seus clubes preferidos, com predominância para o Corinthians.

Os carros começaram a dispersar perto das 22 horas – o jogo tinha terminado por volta das 16 horas (horário de Brasília). Na sequência, a celebração migrou para a sede do Rio Branco, onde se estendeu até a madrugada do dia seguinte.

Os relatos foram feitos pelo LIBERAL na época. Neste domingo, aquele título completa 50 anos. Curiosamente, foi nesse mesmo dia de semana que a seleção brasileira conquistou o tricampeonato mundial.

Jota Junior e Sueli Cia: casal se conheceu durante a comemoração do tri em Americana – Foto: Marcelo Rocha_O Liberal

A data, porém, também teve um impacto direto na vida de Jota Junior, de 71 anos, e Sueli Cia, 69, que estão casados há 44 anos. Os dois se conheceram, justamente, na carreata do título, que ocorreu no Centro, em ruas como Fernando Camargo e Vieira Bueno.

“Isso marcou muito, porque a gente começou a namorar a partir dali”, lembra Jota, narrador esportivo do canal SporTV – à época, ele iniciava a carreira no jornalismo nas redações da Rádio Clube e do LIBERAL.

Aniversário. O dia 21 de junho marca, ainda, o aniversário da administradora Ana Lúcia Fré Beretta Rossi, que completou 9 anos em 1970 – hoje ela comemora 59. Familiares e amigos assistiram à final em sua casa, na Vila Frezzarin, e depois cantaram parabéns para ela, com direito a bolo. “Todo mundo feliz e alegre. Aquilo me contagiou também. Comemorar meu aniversário nesse dia foi uma alegria imensa”, lembra.

Fabio e Ana: boas memórias vividas em junho de 1970 – Foto:

O marido dela, o industrial Fabio Beretta Rossi, de 60 anos, conta que a Copa de 1970 era assunto até em sala de aula. Ele estudava na escola Heitor Penteado.

“Os professores falavam muito dessa Copa, praticamente endeusavam cada jogador da seleção brasileira. Faziam decorar os nomes, quem marcou os gols. Ela [professora] perguntava no dia seguinte, fazia quase uma chamada de aula sobre o jogo do dia anterior”, afirma.

Intruso. O americanense Athos Pisoni, de 82 anos, estava na Itália naquele 21 de junho e acompanhou a decisão cercado por italianos, em um hotel.

“Tinha de ficar quieto. Não podia falar nada. A gente percebia, na fisionomia, no jeito deles… Você sabe como é italiano, né? Eles estavam bravos, xingando para tudo quanto é lado”.

À época, ele disputava um torneio de tiro esportivo em San Marino, um país que fica, praticamente, dentro da Itália.

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