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Televisão

O lado alternativo de Toni Garrido

No ar em “Totalmente Demais”, ator relembra suas investidas na televisão

Por TV Press

01 de outubro de 2020, às 16h47

O lado ator de Toni Garrido, vez por outra, se sobrepõe à figura do músico. À frente da banda de reggae Cidade Negra desde início dos anos 1990, Garrido lota arenas e sacode festivais com canções como “O Erê” ou “Onde Você Mora?”.

Porém, inquieto e curioso, foi na televisão que ele viu uma forma de fazer algo diferente entre uma turnê e outra com o grupo. “Gosto de me comunicar. Atuando ou apresentando, me sinto caminhando pelo desconhecido e essa sensação é muito renovadora. Aos poucos, fui ganhando mais experiência e novas oportunidades foram surgindo”, conta.

Muito apegado aos longos “dreads” que ostentava há anos, o principal sacrifício de Garrido em “Totalmente Demais” foi mexer no visual – Foto: Divulgação

Para Garrido, o ápice dessa experiência no vídeo foi integrar o elenco de “Totalmente Demais”, novela exibida originalmente, em 2015, e que voltou à faixa por conta da pandemia. A trama acabou o aproximando de um público mais novo, que não acompanhou o auge do Cidade Negra nas paradas de sucesso e passou a conhecê-lo mais como Montanha, o professor de Educação Física boa-praça da atual novela das sete.

“Foi um movimento curioso. Faço música a mais de 30 anos e, de repente, as pessoas me paravam na rua para me chamar de Montanha e não de Toni. Pela primeira vez, a música ficou em segundo plano na mente das pessoas. Esse poder da tevê de entrar nas casas e tornar tudo mais íntimo é incrível”, valoriza.

Com duas experiências anteriores em novelas, em “Caminhos do Coração”, da Record, e em “Uma Rosa Com Amor”, no SBT, Garrido estava esperando uma pausa na agenda e uma boa oportunidade para fazer novelas na Globo.

Quando ficou sabendo que seu perfil se encaixava no que os produtores de elenco de “Totalmente Demais” estavam buscando, não se fez de tímido e foi atrás de um teste. “Tenho de admitir que carregava o desejo de participar de uma produção no lugar onde se faz as maiores novelas do mundo. Foi ótimo ter trabalhado na Record e no SBT, mas minha vontade era ser dirigido e ter todas as possibilidades que a Globo oferece de fazer um bom trabalho”, assume.

Apesar de ter se saído muito bem no teste, o papel de Florisval acabou ficando com Aílton Graça. Entretanto, a direção ofereceu para Garrido a chance de entrar na trama como Montanha. Com formação em Educação Física e Fisioterapia, ele logo sentiu que tinha tudo a ver com o papel.

“Montanha representava uma possibilidade de ascensão e transformação para seus alunos, que viviam em um ambiente em que as pessoas lutam muito para ser alguém na vida. Os autores queriam mostrar que só através da educação e da cultura se pode conquistar alguma coisa e me disseram que fui escolhido porque queriam alguém em que o público acreditasse”, justifica.

VISUAL
Muito apegado aos longos “dreads” que ostentava há anos, o principal sacrifício de Garrido em “Totalmente Demais” foi mexer no visual. “Apesar do respeito que eu tinha pela minha cabeleira, sabia que mudar para um papel faz parte da profissão. A ideia da caracterizadora era realmente raspar a cabeça. Mas chegamos a um meio termo e o Montanha ficou com os ‘dreads’ bem curtinhos. Acho que combinou bastante”, conta.

Com figurino e caracterização em sintonia, o ator lembra com carinho dos primeiros encontros entre elenco e equipe e de como foi bem acolhido por seu núcleo dentro da novela.

Além disso, Garrido também exalta a possibilidade de voltar a trabalhar com Rosane Svartman, que assinou a novela ao lado de Paulo Halm. A primeira experiência dele em um “set” de gravação foi durante as filmagens de “Como Ser Solteiro”, comédia romântica roteirizada e dirigida por Svartman, em 1998. “Filmei muito pouco. Mas considero como se fosse minha estreia no cinema. Esses reencontros afetivos que a tevê proporciona são incríveis”, destaca.

Natural de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, Garrido sempre demonstrou real fascínio sobre o universo televisivo. “Estava sempre nos programas com o Cidade Negra e adorava o clima de bastidores”, conta. Em 2000, ele enfim conseguiu uma breve mudança de função ao ser convidado a dividir a apresentação do “reality” musical “Fama” com Angélica.

Na sequência, continuou a fazer filmes e participações na tevê. No ano passado, entretanto, voltou ao posto de apresentador, agora ao lado de Isa, no “Só Toca Top”, também da Globo.

“Já estava mais experiente e sabia para onde olhar sem parecer perdido. Sei que meu lance de vida mesmo é a música. Mas é sempre uma alegria sair da minha zona de conforto e enfrentar as câmeras”, ressalta o ator que, no momento, continua com os projetos em pausa e em casa assistindo a “Totalmente Demais”. “Sigo o que a ciência orienta. Estou fazendo a minha parte para não ajudar a aumentar essa pandemia”, garante.

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