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Cultura

Lembranças nobres com a romântica Amália

De folga dos folhetins há cinco anos, Sophie Charlotte volta ao ar na edição especial de “Fina Estampa”

Por TV Press

20 de julho de 2020, às 09h31

As novelas são uma parte importante da trajetória de Sophie Charlotte no vídeo. A atriz de 31 anos estreou em “Malhação”, mas rapidamente passou a alternar projetos nas faixas das sete e das nove. Atualmente se dedicando a produções de menor duração e voltadas para a crescente plataforma do Globoplay, Sophie tem a chance de relembrar seus trabalhos nos folhetins.

Sophie Charlotte viverá a cantora Gal Costa no filme “Meu Nome é Gal” – Foto: Globo / Divulgação

De folga do gênero desde o fim de “Babilônia”, que foi ao ar em 2015, a atriz revê sua participação na edição especial de “Fina Estampa”, em que vive a ingênua e romântica Amália.

“Meus últimos trabalhos têm sido feitos e depois entregues ao público. A repercussão acaba sendo depois de tudo já feito, como é no cinema. Mas é diferente estar em uma novela. Fico feliz com essa repercussão. Muitas pessoas que têm falado comigo nas redes sociais estão revendo, brincando com essa parte curiosa de ver o meu ‘avatar’ mais jovem. As pessoas estão felizes de terem esse conteúdo para aproveitar e se divertir nesse momento tão incerto, sabendo que nós, artistas, estamos preservados nas nossas casas esperando para voltar logo para gravar novos conteúdos”, explica.

A trama de Aguinaldo Silva é reexibida desde março, após a paralisação dos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, por conta das medidas de isolamento social. Na história, Amália é a filha caçula da protagonista Griselda, papel de Lilia Cabral. Jovem batalhadora e honesta, ela acaba se apaixonando por Rafael, papel de Marco Pigossi. Ao descobrir as falcatruas do namorado, ela exige que o rapaz se entregue a polícia.

“A Amália batalhava, vendia os cremes dela, depois montava uma loja. Quantas mulheres também têm essa jornada e agora estão, de alguma forma, suspensas? Porque a gente não sabe exatamente como vai ficar nossas vidas nos próximos meses. Só que ‘Fina Estampa’ continua no ar com muita história para contar, trazendo muita alegria”, aponta Sophie, que, na época, começou a entender a massiva repercussão de uma novela das nove. “Foi uma grande transformação no jeito com que eu entendia o trabalho porque a Lilia Cabral é uma grande parceira. Ela me ensinou muito. O ritmo é outro, a convivência é intensa e a resposta das ruas é muito forte. A personagem foi muito bem aceita, fui muito feliz durante aquele período”, completa.

Em seu primeiro papel de destaque no horário nobre, Sophie relembra bastante de todas as sequências que contracenou com Lilia Cabral. A veterana atriz, que era a protagonista do enredo, norteou boa parte do desempenho de Sophie diante do vídeo.

“Acho que a Lilia se tornou realmente uma mãezona para mim para sempre. Ela foi no meu casamento, está nos momentos mais lindos e importantes da minha vida. Sempre que a gente se encontra é só alegria. Ela foi uma grande líder para todos nós do elenco”, elogia Sophie, que é casada com o também ator Daniel de Oliveira.

Apesar da paralisação do setor cultural por conta da pandemia do novo coronavírus, Sophie estreou recentemente um projeto inédito. Ela pode ser vista na série “Todas as Mulheres do Mundo”, novo original Globoplay, que foi gravada no ano passado.

Na produção, ela interpreta Maria Alice, uma jovem bailarina que vive um relacionamento intenso com Paulo, de Emílio Dantas. A relação acaba quando ela decide ir morar na Alemanha.

“Eu me diverti e me emocionei muito fazendo essa série e refleti também sobre a vida, sobre o amor, sobre a nossa realidade, nossa atualidade. Se é para se esperar alguma coisa (da série), acho que é isso e também conhecer um pouco mais do Domingos (de Oliveira) para quem não teve essa oportunidade. De conhecer um pouco como ele enxergava a vida e a partir daí conhecer a obra dele que é imperdível”, valoriza.

Mestre e aprendiz

A série “Todas as Mulheres do Mundo” é uma homenagem à obra do autor, diretor e dramaturgo Domingos de Oliveira, que morreu em março de 2019, aos 82 anos. A releitura, adaptada aos dias de hoje, traz reflexões filosóficas sobre a vida, o amor e a morte com um humor inteligente e refinado, características marcantes do universo de Domingos.

Sophie Charlotte, que conheceu Domingos aos 18 anos, é uma das grandes conhecedoras das obras do dramaturgo. O autor fez parte de momentos profissionais e pessoais da atriz ao longo de sua trajetória de vida.

“Toda minha juventude, meu processo de amadurecimento, ele acompanhou: meus encontros e desencontros, amores, o nascimento do meu filho, meu casamento, minhas questões como atriz, como ser humano. O Domingos trabalhava com amigos. Era impossível trabalhar com ele e não se apaixonar, se envolver e terminar nesse portal: ver a vida de um jeito muito mais intenso”, elogia.

Ao longo de sua carreira, Sophie integrou diversos projetos encabeçados por Domingos, como “Cabaré Filosófico”, “Apocalipse, Segundo Domingos de Oliveira”, a primeira remontagem de “Confissões de Adolescente” e o longa “BR 716”, em que viveu Gilda. “Foi uma grande honra participar de ‘BR 716’. O filme forma uma trilogia com os dois primeiros longa dele, ‘Todas as Mulheres do Mundo’ e ‘Edu coração de ouro’. O Domingos foi um mestre, um amigo-confidente, um poeta, que mudou a minha vida para melhor. A série é um jeito de me declarar e agradecer por tudo”, aponta.

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