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Histórias contadas pela internet unem as pessoas

Com visitas a hospitais e lares de idosos suspensas, contadores de histórias usam a tecnologia para se aproximar dos pacientes

Por Danilo Reenlsober

26 de abril de 2020, às 08h49 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 10h31

Foto: Divulgação
Voluntários que integram o Griots; com a chegada da pandemia, eles contam as histórias de casa e postam nas redes sociais

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) alterou o cotidiano de hospitais, casas de repouso e diversas entidades assistenciais. Com as visitas suspensas devido ao isolamento social estabelecido pelo governo estadual, diversas associações de apoio precisaram reinventar a maneira de chegar até as pessoas. E a internet é uma arma poderosa nessa hora para entreter quem está longe.

A Associação Griots – Os Contadores de Histórias é um exemplo. A entidade, que atua em hospitais e casas de idosos em diversas cidades da região, incluindo Sumaré e Hortolândia, passou a usar as redes sociais para chegar às crianças e idosos. Durante a pandemia, os voluntários estão produzindo vídeos de contação de histórias e o conteúdo é publicado diariamente no canal do Youtube, Facebook e no Instagram da associação. “A gente começou a contar em casa as histórias que costumamos contar nos hospitais, para que as crianças internadas pudessem acessar os conteúdos, dos quais elas gostam muito. É uma maneira de amenizar um pouco a tristeza, a dor, a aflição de quem está no hospital”, explicou a voluntária Claudia Nunes, de 55 anos, que atua no grupo desde setembro de 2018.

E a participação daspessoas tem sido positiva e estimulante, segundo a associação. As publicações nas redes sociais começaram no início de abril e, desde então, os acessos aos canais da associação cresceram. No Youtube, por exemplo, a média entre 400 a 600 pessoas por mês, passou para quase três mil em abril.

“Através da contação de histórias conseguimos, por alguns momentos, levar um pouco de leveza, alegria, com criatividade, imaginação. Agora, pela internet, encontramos um instrumento para que a gente não perdesse o vínculo com os pacientes, e pudéssemos seguir com esse projeto tão grandioso”, ressaltou a voluntária.

Os vídeos publicados seguem o padrão do trabalho realizado nos hospitais, com cada voluntário contando as histórias à sua maneira.

Alguns lêem livros, outros contam com fantoche, cada um com sua maneira, dentro da sua casa. “São histórias bem interessantes, que normalmente as crianças gostam muito”, avaliou.

Para gravar os seus vídeos, Cláudia, por exemplo, preparou um cantinho especial dentro da sua casa. “Fiz um cenário com livros de história, almofadas, simples, mas para criar um ambiente legal, para que as crianças se sintam num espaço acolhedor. Porque também é assim que fazemos no hospital”, disse a voluntária.

O humor na saúde. A voluntária também falou da importância de manter essa proximidade com os pacientes. “Estamos nos conectando de modo virtual para que todos esses pacientes atendidos vejam que nós não nos esquecemos deles e que queremos continuar levando alegria, conforto, alegria e leveza nesse momento em que eles estão internados”, disse.

Para Cláudia, as histórias, a criatividade e a fantasias podem ser armas para ajudar no tratamento desses pacientes. Quando ela entra na brincadeira, entra na fantasia, esquece um pouquinho daquele momento em que ela está ali, tomando aquele sorinho no inalador, e sorri, esquecendo um pouco da dor e do sofrimento. Com certeza esses momentos de paz e de alegria só fazem bem”.

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