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Cultura na região

Jovens da região são incentivadas pela família a seguir o caminho da arte 

Entre 13 e 15 anos, meninas de Nova Odessa sonham em encantar com a dança, literatura e música

Por Stela Pires

29 de junho de 2024, às 09h20

Os cabelos presos em coque, collant, meia-calça e sapatilha para ficar na ponta dos pés. O dia a dia de uma bailarina já é conhecido há mais de uma década pelas adolescentes Maria Clara Paulão e Larissa Bianchini, de 15 e 14 anos. O sonho de se tornarem bailarinas é incentivado pelas mães das meninas desde que eram crianças.

Larissa iniciou no ballet aos quatro anos, resultado de muita insistência da menina, de acordo com a mãe, a confeiteira Katia Regina Bianchini, de Nova Odessa.

As bailarinas Larissa e Maria Clara seguem para mais uma etapa do sonho de profissionalização, vão para a Miami City Ballet, nos Estados Unidos, por 15 dias – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

“Falava tanto que acabei levando para fazer uma aula experimental, de onde saiu super triste porque só ela não estava de sapatilha e collant”, recordou Katia. 

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A matrícula na academia de dança foi feita logo em seguida, assim como os uniformes e a tão desejada sapatilha foram comprados.

A história de Maria Clara é semelhante. Ela iniciou nas aulas aos três anos de idade por um sonho da mãe, a analista de comércio exterior Rita Herbenia, que também acabou se tornando o da menina.

Mas o que elas realmente têm em comum, além da parceria no ballet, é o incentivo dos pais. “Sempre apoiamos e procuramos fazer o nosso melhor. Eu levei, mas a decisão e a alegria de dançar é o que faz ela permanecer”, disse Rita.

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A trajetória das jovens no sonho de se tornarem bailarinas profissionais tem tido resultados. A dupla foi selecionada pela diretora artística Alice Arja para uma bolsa de estudos de 15 dias na Miami City Ballet, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. Elas embarcam no próximo mês.

Seguindo o caminho da mãe

A estudante Ana Clara Costa de Souza, de Nova Odessa, tem apenas 13 anos e já tem um livro publicado. Intitulado de “As terras orgânicas da Branca de Neve”, a obra tem uma co-autora mais do que importante para a menina, sua mãe, Juliana Costa de Souza.

Mãe e filha, Ana Clara e Juliana se juntaram para escrever um livro – Foto: Bebel Silva

“Desde que a Ana Clara era um bebê, eu leio com ela. Leituras leves, sensíveis e bem-humoradas nos proporcionaram o que eu chamo de ’momentos quentinhos’, cheios de presença e afeto”, disse a mãe.

Juliana, além de chefe do Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania) de Nova Odessa, é escritora e sempre cultivou a importância da cultura na vida da filha. A leitura é incentivada, assim como idas ao teatro, circo, museus e espetáculos de dança.

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Para a mãe, tudo isso auxiliou na construção do senso crítico e de realidade de Ana Clara.

A ideia de escrever uma nova história para Branca de Neve nasceu da mente da própria menina, que foi instigada com uma indagação de uma professora: “o que aconteceu depois dos felizes para sempre?”.

Ana contou a ideia para a mãe. “Como fazemos um trabalho voluntário em uma chácara de alimentos orgânicos, ela disse: ‘certeza que o veneno da maçã da Branca de Neve era agrotóxico’”. 

Assim criaram o livro. Ana compreende que ainda é muito nova para tomar uma decisão, mas considera a literatura para o seu futuro.

Talento nato

Manoella Blanco, 13, de Nova Odessa, vive a arte desde pequena. Ainda criança arriscava notas no piano, dançava as melodias que lhe agradavam e cantava e tocava músicas improvisadas no violão que ganhou dos avós.

Manoella já sabe que quer ser DJ e estuda para isso – Foto: Emily Lima

Aos nove, um desejo despertou dentro da menina: ser DJ. “Com o hit em alta da música Faded, de Alan Walker, busquei compreender o que eram as controladoras e a produção da música que tanto me agradou”, contou.

Assim, Manoella criou o desejo de produzir e “contagiar os ouvidos” das pessoas que são apaixonadas e vibram com a música.

Ela ganhou a primeira controladora durante a pandemia e conta que se divertia tocando no intervalo das aulas online.

“Manoella é tímida, às vezes introvertida, mas na música se encontra, se solta, se alegra”, contaram os pais Barbara Carolina Nadin e Alisson Tuckmantel Blanco.

O desejo de ser uma DJ profissional é incentivado por eles. Além dos estudos, a menina concluiu um curso na área em janeiro deste ano e atualmente estuda produção musical na AIMEC Campinas.

“Incentivamos a cultura, a música, a arte, a vida, a livre expressão, o respeito a si mesma e ao próximo. Incentivamos o que a faz feliz”, disseram os pais.

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