A luta contra a dependência química e a importância da religiosidade são temas da música intitulada “Fatos”, do grupo de rap cristão Ressurreição, de Americana, que neste domingo (7) lançou um videoclipe no Youtube. As músicas do grupo também podem ser conferidas pelo Spotify.

Lançada no ano passado, a música “Fatos” conta a história de um rapaz que reconhece o abuso de drogas e encontra na religiosidade e na família forças para superar a situação.

“É sobre um rapaz que desanda nas drogas, e começa a ver o que está fazendo de errado, e volta para a sua família. Ele começa a buscar Deus na sua vida e começa a sair do caminho errado”, contou o Mano Pernão, como é conhecido Emerson Julio Luiz, gari de 47 anos. Além dele, o grupo Ressurreição é formado pelo MC Daniel Ressurreto e o DJ Anderson Ramos.

“A música retrata o cotidiano de um viciado em crack, que na madrugada se torna invisível, visto como uma pessoa que não tem mais jeito, não tem solução, quando na verdade existem pessoas que se tiverem uma oportunidade saem dessa. E aí entra a religião, independente de qual seja, mas no nosso caso é o evangelho”, disse MC Daniel.

Com cinco minutos e produção de Fábio Pelúcio e Rodrigo Art, da TMJ Original, o videoclipe de “Fatos” foi produzido em Americana no bairro Profilurb, no bairro Antônio Zanaga, no Jardim São Jerônimo e na área localizada entre a Rua Carioba e a Avenida Bandeirantes.

O Grupo Ressurreição é pioneiro no rap em Americana, com formação desde a década de 1980, quando iniciou como um grupo de dança. Na década seguinte, eles começaram a compor músicas e optaram pela transição para o rap, sob o nome de American Rappers, e posteriormente como Face Obscura. A conversão do grupo para o evangelismo e, consequentemente, para a música gospel, foi nos anos 2000, com a mudança para o nome Ressurreição.

Apesar de as gravações do clipe terem ocorrido durante a pandemia, Pernão afirma que foram realizadas com as devidas precauções para evitar a disseminação da Covid-19, incluindo um revezamento entre os participantes, para que não houvesse aglomerações.