A estudante de direito Mayara Menezes Moreira, de 25 anos, teve um poema selecionado pelo Concurso Nacional Novos Poetas para integrar o livro Antologia Poética, Poesia Livre 2020, da editora Vivara.

O poema “O desmonte da prateleira” foi classificado em uma das 250 vagas, dentre 2.877 inscrições de todo o Brasil. Os versos contam a história de uma prateleira sobrecarregada com objetos que são, essencialmente, lembranças.

“O poema é uma metáfora sobre guardarmos memórias, tristezas e tantas outras coisas na nossa vida até desmontar, derrubar a prateleira”, comenta a autora, que também escreve histórias infantis.

“Eu me dedico aos poemas há dois anos e faço isso porque eles são as coisas mais sensíveis que há no mundo, e eu adoro essa sensibilidade, as metáforas. A minha intenção com a escrita é passar uma mensagem de positividade”, afirma Mayara.

Ela conta que soube do concurso pelo Facebook e resolveu cadastrar o poema, que já estava pronto, e ressalta a importância da participação em reuniões no Espaço Literário Nelly Rocha Galassi, em Americana, para o desenvolvimento de sua escrita.

“É um grupo muito fraterno, com pessoas de todas as idades, heterogêneo, que ajuda quando você faz a leitura, dá dicas e toques. É muito legal fazer parte desse grupo”, relata.

O livro Antologia Poética, Poesia Livre 2020 pode ser adquirido diretamente com a Mayara, pelo número (19) 982393776. As edições são limitadas.

Lives
Desde março, quando a pandemia do novo coronavírus (covid-19) chegou ao Brasil, Mayara se dedica semanalmente à contação de histórias para crianças, compartilhando vídeos no seu canal no Youtube (Mayaramax Contação de histórias) e lives todos os domingos, às 19 horas, pelo Facebook
(Mayara Menezes).

“A contação de histórias é muito importante para trabalhar a imaginação. Não damos a imagem pronta, mas incentivamos as crianças a imaginarem a partir daquilo que estamos falando”, opina a estudante, que diz gostar da interação com as famílias pelas redes sociais.

O poema – O desmonte da prateleira

A prateleira
Lotada de objetos
De vez em quando
Dormitório de insetos
Vez ou outra
Pouso para pó
Bagunçada
Amadeirada
Nunca estava só
Às vezes queria paz
Mas cada dia que passava
Se sentia mais sufocada
Pois sua dona
Trazia todo dia
Uma bugiganga nova
Para que a prateleira ficasse
Cada dia mais charmosa
Num certo dia a prateleira
Se revoltou
Se desmontou
Assustando sua dona
Que por sua vez
A notou
E percebeu
Que a sobrecarregou
Com inúmeras lembranças
Daquilo que já passou…