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Cultura na região

Autora americanense é semifinalista no 1º Prêmio Jabuti Acadêmico

Lilian Cristina Monteiro França concorre na categoria “Arte” com obra resultado de uma pesquisa de dois anos de duração

Por Stela Pires

14 de julho de 2024, às 08h48

“Eu me sinto premiada, de fato”, disse a americanense Lilian Cristina Monteiro França, 60, semifinalista da primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico. Ela concorre na categoria “Artes” com o livro “História do cinema em dispositivos móveis: do celular ao smartphone”, resultado de dois anos de pesquisa.

O Prêmio Jabuti é a maior premiação literária nacional. Idealizado pela Câmara Brasileira do Livro, há 66 anos reconhece e homenageia notáveis contribuições de autores, projetos e profissionais envolvidos na produção da literatura.

Lilian Cristina Monteiro França
O livro de Lilian Cristina Monteiro França é resultado de dois anos de pesquisa – Foto: Arquivo Pessoal

Agora, em 2024, a premiação se expandiu para uma nova versão, que se concentra exclusivamente em obras acadêmicas, científicas e profissionais.

A obra da americanense foi inscrita no Prêmio Jabuti Acadêmico pela própria autora e enviada a uma banca avaliadora, que a selecionou como uma das 10 semifinalistas. A próxima etapa é a possível consagração como finalista, resultado esse que será divulgado nesta quinta-feira, dia 18.

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Caso Lilian seja selecionada, ela segue para uma cerimônia, onde um autor de cada categoria será premiado e homenageado com uma estatueta. A etapa final ocorrerá no dia 6 de agosto. “Não há como a gente não ficar feliz quando tem um trabalho reconhecido. Foi um trabalho bastante árduo de pesquisa, de revisão, busca e editoração”, disse a também professora.

“História do cinema em dispositivos móveis: do celular ao smartphone” é resultado de uma pesquisa realizada por Lilian em uma missão junto a Universidade da Beira Interior, em Portugal, na qual foi professora pós-doutoranda em Media Artes/Cinema.

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A obra retrata como o cinema mudou com o surgimento dos celulares e, posteriormente smartphones, e como todos passaram a fazer filmes por meio dos aparelhos. Além disso, remonta a história das produções feitas a partir dos dispositivos móveis.

O interesse pela temática surgiu após a professora ter escrito um livro sobre webdocumentários e narrativas. Lilian aponta que a história do cinema feito por dispositivos móveis é incompleta.
“Então o livro faz um levantamento desde o primeiro filme feito por celular […] até o ano de 2023. É possível verificar a evolução”, contou a pesquisadora.

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Lilian exemplifica o avanço com a primeira produção feita a partir dos dispositivos, o Speech Marks (2004), de Steve Hawley. Como os celulares eram simples e capturavam imagens com pouca qualidade, os diretores utilizavam um tipo de linguagem que incorpora esse tipo de “precariedade”. Hoje, as produções usam tablets e os mais diferentes tipos de telefones celulares.

O iPhone é o modelo que ganhou “força” neste mercado por ser considerado preparado para a realização de filmes.

“O que eu considero mais interessante neste livro é que, tanto na versão impressa quanto na digital, ele tem uma análise de cada filme e um QR Code”, contou. A obra reúne uma coletânea de 87 produções.

O código direciona o leitor à obra em questão ou a trechos de making off, no caso daqueles que não estão disponíveis gratuitamente. “Então é possível você ao mesmo tempo ler a história e assistir aos filmes que estão relacionados no livro”.

“História do cinema em dispositivos móveis: do celular ao smartphone” está disponível para compra em
www.clubedeautores.com.br.

Trajetória. Lilian Cristina Monteiro França nasceu e viveu em Americana até os 30 anos. Se formou em Matemática pela PUC-Campinas, fez pós em Educação pela Unimep e doutorado em Comunicação e Semiótica na PUC-São Paulo.

Se mudou para Sergipe quando passou em um concurso para o curso de Comunicação Social da universidade federal do Estado e lá reside desde então. A professora e pesquisadora ainda fez pós-doutorado em História da Arte, pela Unicamp.

Atualmente pesquisa na área de convergência entre Artes, Tecnologia e Comunicação, com ênfase em Jornalismo online, Twitter, Paywall e mídias digitais. Está desenvolvendo um projeto junto com a City
University of New York na área de “Digital Stories”

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